Com certeza você já se deparou com algum anúncio na internet que dizia: “mude sua vida em 21 dias”. Mas será mesmo que isso é possível?

Na década de 60, um cirurgião plástico americano Maxwell Maltz, especializado em cirurgias reparativas, fez um estudo em seus pacientes amputados para observar a atitude mental no pós operatório. Ao final, chegou à conclusão que repetindo a mesma atividade de forma ininterrupta durante 21 dias o paciente deixava de sentir o membro amputado.  Antes disso, era possível que o paciente sentisse a chamada dor fantasma, que nada mais é que sentir não somente o membro amputado, como também coceiras e dores na região.

Primeiramente, Maltz tinha nas mãos um contexto especifico de amputações para seus estudos, além disso, segundo o estudo, 21 dias eram o prazo mínimo para essa adaptação acontecer. O fato é que o estudo foi realizado na década de 60, no entanto ainda divide opiniões. Há quem diga que sim, é necessário apenas 21 dias, bem como há quem diga que leva mais tempo. O importante a destacar é que a construção de um novo hábito é um processo e não um evento com fórmula mágica. Não estará impresso em sua mente com data marcada.

O esforço é diário, depende de foco, determinação, comprometimento, disciplina de cada pessoa. Mudar é sempre doloroso, o cérebro não entende se o hábito que você já tem te faz mal ou não, apenas entende que as mudanças causam desconforto, é por isso que é tão difícil manter a dieta, largar um vício ou acordar mais cedo.

Nessa mesma linha do doloroso processo de mudanças, procure incluir um novo hábito por vez e não várias mudanças de uma vez só. Pois é muito mais fácil manter um projeto do que desistir de vários. Importante é estar em constante mudança, incluindo hábitos melhores e eliminando os sabotadores. Adicione um novo comportamento sempre que puder e assuma as rédeas da sua vida.

Crescemos cheios de crenças que fazem nossos hábitos, bons ou não, porém o mundo não muda com crenças mas sim com atitudes. Faça agora, leve 21 dias ou quanto tempo for necessário, só não espere chegar ao fim da vida cheio de arrependimentos.