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Aborto espontâneo: conheça 12 fatores de risco durante a gestação

Aborto espontâneo: conheça 12 fatores de risco durante a gestação

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Você está doida para ter um bebê. A menstruação atrasa e já pensa na estratégia que vai usar para contar a novidade ao mundo. Mas alguma coisa não sai como o planejado e a gestação, infelizmente, não vai para frente. Lidar com um aborto espontâneo é frustrante e dolorido para muitos casais que estão tentando engravidar.

Embora não sirva de alívio, se você está passando ou já passou por isso, saiba que é mais normal do que parece. Isso porque, apesar de ser o momento mais temido por qualquer grávida, casos de aborto espontâneo são comuns e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ocorrem em até 20% das gestações. Desse total, 80% das interrupções naturais são registradas nos três primeiros meses, e o número é ainda maior entre mulheres que nem sabiam da concepção.

A melhor maneira de prevenir um aborto espontâneo é planejar a gravidez, cuidar muito bem da alimentação e preparar o organismo para receber o bebê. Porém, se a gestação não foi planejada, você deve realizar corretamente o pré-natal, tomar ácido fólico até o final do segundo mês de gestação e se alimentar adequadamente. Além disso, vale a pena conhecer os principais fatores que aumentam o risco de abortamento, receber acompanhamento médico para minimizá-los e abandonar atitudes que sejam prejudiciais ao feto.

Veja a lista de fatores de risco:

-Idade: o risco de aborto é maior em mães com idade avançada, chegando a 40% entre mulheres de 40 anos e 80% entre gestantes de 45 anos.

-Aborto espontâneo anterior: o perigo cresce entre mulheres que passaram duas vezes ou mais pelo processo de abortamento.

-Tabagismo: o consumo de mais de dez cigarros por dia aumenta até três vezes a chance de abortar. Lembrando que o tabagismo paterno também pode ser prejudicial e, por isso, os casais devem ser encorajados a abandonar o hábito.

-Álcool e drogas: o consumo dessas substâncias causa má-formação no feto, prejudica o desenvolvimento físico e cognitivo do bebê e ainda pode causar hemorragia durante a gestação.

-Uso de anti-inflamatórios não hormonais: quando usados pela gestante perto da data de concepção, podem aumentar o risco de aborto.

-Cafeína: estudos apontam que a ingestão de duas a quatro xícaras de café por dia pode provocar o término da gravidez. Esses resultados ainda são controversos, mas, por segurança, o ideal é evitar o consumo exagerado de cafeína.

-Extremos de peso: mulheres abaixo do peso – com Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 18,5 – e aquelas obesas, com resultado superior a 25, apresentam gestações de risco e precisam de acompanhamento médico criterioso para evitar o aborto espontâneo e outras complicações.

-Infecções: os principais processos infecciosos que podem levar ao abortamento são rubéola, toxoplasmose, parvovirose, citomegalovírus, HIV, sífilis e listeriose.

-Fatores endócrinos: alterações na produção de progesterona e dos hormônios da tireoide também podem prejudicar o desenvolvimento do embrião e colocar o feto em risco. 

-Diabetes insulinodependente: sem controle adequado, a diabetes ameaça o bebê e pode gerar abortamento.

-Fatores imunológicos: o término da gravidez por fator ligado à imunidade ocorre quando o feto é rejeitado pelo sistema imunológico da mãe.

-Alterações no útero: podem ser congênitas ou adquiridas ao longo da vida e prejudicam a implantação e vascularização do embrião no útero.  Além desses fatores, que podem ser acompanhados por especialistas e tratados para evitar a perda do bebê, também podem ocorrer anormalidades na formação do embrião sem causa definida. Ou seja, não são decorrentes de ‘defeitos’ herdados da mãe e nem do pai.

Em todos os casos é possível que a mulher mantenha consultas regulares com seu médico, realize exames complementares e tente engravidar novamente cerca de três meses após a perda do bebê.

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