Por Carla Taíssa

O Dia Internacional da Síndrome de Down, celebrado em todo o mundo em 21 de março, chama a atenção da sociedade para a luta por direitos iguais, bem estar e inclusão das pessoas que nasceram com a síndrome. Este ano, o objetivo da data, segundo a ONU, é estimular os portadores da síndrome a compartilhar as maneiras com que participam da vida em sociedade, seja na escola, na família ou mercado de trabalho.

E para saber mais sobre os desafios enfrentados pelas famílias com filhos Down, o Diário de Riomafra conversa com Lu Peters Kalinoski, que conta um pouco da história de Rafaela, sua filha de 2 anos que é Down. Confira:

1 - Conte um pouco sobre sua experiência familiar. Quais desafios sua filha e você enfrentam no dia a dia?

Temos uma linda menina com Síndrome de Down, com dois anos idade. A chegada da Rafaela nos trouxe em um primeiro momento medo por não sabermos como seria daquele dia em diante, mas logo fomos nos adaptando e desde seu nascimento nossa família tratou ela sem nenhum preconceito e temos certeza isso faz toda diferença no desenvolvimento dela. Nosso maior desafio é fazer com que ela cresça no melhor ambiente possível sempre estimulando isso tanto na família como escola.

2 - Sua filha enfrentou casos de bullying ou preconceito? Na sua opinião, o que dificulta a inclusão?

Acho que o mundo já abriu mais os olhos para a T21 a Rafaela nunca sofreu nenhum um tipo de preconceito, muito pelo contrário, somos muito bem recebidos em todos os lugares onde frequentamos. Eu acredito que a maior dificuldade da inclusão é a aceitação da família, pois quando nós incluímos nossos filhos a metade do caminho já está aberto, pois faremos de tudo para que tenham as mesmas oportunidades de qualquer outra criança. Acho que é a família que planta a sementinha de que diferenças existem em todas as crianças e é isso que faz com que elas brilhem da sua maneira.

3 - O que ser uma mãe Down te ensinou?

Ser mãe de Down a amar de uma forma mais paciente, sabendo que tudo vai acontecer no seu tempo que não adianta querer apressar as coisas que tudo será possível e virá com muita comemoração.

4 - O que o Dia Internacional da síndrome de Down representa para você e sua família?

O Dia Internacional da Síndrome de Down é um dia para se levantar uma bandeira e mostrar para o mundo que a T 21 não é um problema e não é um bicho de sete cabeças. Eles podem tudo, são felizes, inteligentes e saudáveis.

5 - Qual recado você gostaria de deixar neste dia para outras mães e pessoas que têm síndrome de Down?

Gostaria de dizer a todas as mães de filhos com Síndrome de Down que os amem muito que correspondam a todo amor que eles nos dão, sempre dando as melhores oportunidades possíveis para que possam voar cada vez mais alto.