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Paraná: Governador não descarta quarentena mais pesada se população deixar de tomar medidas de prevenção contra o coronavírus

Paraná: Governador não descarta quarentena mais pesada se população deixar de tomar medidas de prevenção contra o coronavírus

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O governador do Paraná Ratinho Júnior disse que se as medidas de prevenção ao novo coronavírus não forem seguidas pelos paranaenses o estado terá que fazer, em algum momento, uma quarentena pesada. Até esta quarta-feira (8), o estado tinha 550 casos de Covid-19 confirmados e 17 mortes. No entanto, na manhã desta quinta-feira (9), mais dois óbitos foram confirmados pela Prefeitura de Paranaguá.

“Temos que manter as restrições, convencer o cidadão a evitar sair de casa porque a proliferação do vírus pode ganhar uma velocidade que ficará fora do controle”, disse.

Para Ratinho Júnior, o decreto estadual que orientou sobre a manutenção de funcionamento de atividades essenciais no estado colabora para evitar um possível colapso na rede de saúde.

O documento não estabeleceu o período que as determinações deverão ser cumpridas. “Não sabemos quando a pandemia vai acabar. Temos um cronograma de que o número de casos diminui em 90 a 120 dias, que a normalidade volta após quatro meses. Não estamos em um momento de normalidade, temos que reduzir o número de pessoas nas ruas. As pessoas vão continuar adoecendo, mas temos que ter estrutura para cuidar de todos”, enfatizou o governador.

Ele salientou que está conversando com prefeitos, associações de municípios para decidir o que pode e o que não pode ser feito para o combate à disseminação do vírus. E também, Ratinho Júnior ressaltou que barricadas impedindo o acesso a cidade não adiantam, pois impedem a entrada de remédios, alimentos e de outros produtos essenciais aos municípios. 

Rede de atendimentos de saúde

Na manhã desta quinta-feira (9), o governo estadual afirmou que o Paraná tem 2.258 leitos de UTIs para adultos distribuídos em hospitais públicos, privados e filantrópicos. Se necessário, esses leitos poderão ser ocupados por pacientes com a doença.

Sete estruturas hospitalares estão em obras e devem ser entregues nas próximas semanas pelo estado, quatro delas serão montadas em hospitais universitários estaduais localizados em Londrina, Maringá, Ponta Grossa e Cascavel. Em Londrina, a ala que estava sendo preparada para a maternidade será utilizada como hospital de campanha para receber pacientes com Covid-19.

As obras dos hospitais regionais que estão sendo construídos em Ivaiporã, Telêmaco Borba e Guarapuava serão aceleradas. Segundo o governo, os hospitais devem ficar prontos em 30 dias.

Ainda segundo o governo, a estrutura de saúde contará com mais dez leitos de UTI no Hospital Regional do Norte Pioneiro, em Santo Antônio da Platina, e mais dez leitos também de UTI no hospital Santa Casa de Jacarezinho.

O secretário de Saúde Beto Preto informou que aguarda colaboração do Ministério da Saúde e de compras internacionais realizadas pelo próprio estado para a ampliação de mais 500 leitos. “Não é fácil ficar em casa. O que vai salvar as pessoas é o bom senso, uma boa rede pública de saúde e profissionais preparados. Nesse momento temos de mudar o nosso hábito”, concluiu.

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