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Meditação ajuda a manter a saúde mental em tempos de coronavírus

Meditação ajuda a manter a saúde mental em tempos de coronavírus

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Tédio, irritação, ansiedade, dificuldade de concentração...seja para sair para trabalhar ou ficando isolado em casa, é possível que você já tenha sentido alguma dessas emoções desde que a pandemia do coronavírus  tem provocado.

Mas a boa notícia é que uma das estratégias para preservar a saúde mental em tempos conturbados como esse é a meditação. Isso porque a meditação ajuda a viver no momento presente e a aceitar uma situação onde não há muito o que fazer. Isso sem contar o relaxamento e a menor produção de hormônios ligados ao estresse.  

Para obter tais vantagens, contudo, é fundamental adotar uma rotina. A meditação funciona mais ou menos como o exercício físico: você deve treinar com frequência para melhorar sua resistência e seu desempenho. E os benefícios vem com o tempo, não adianta pensar em efeitos imediatos, os benefícios surgem ao longo das sessões.

Como começar a meditar durante a pandemia de coronavírus

Existem diversos tipos de meditação, alguns ligados à espiritualidade. Mas as técnicas mais básicas e difundidas ocidentalmente valorizam dois pontos: prestar atenção no corpo e na respiração.

Uma boa estratégia é fazer exercícios mais breves, de um até três minutos, diariamente. Essas sessões curtinhas podem ser divididas ao longo do dia. 

Conforme for ficando confortável, estenda a duração para cinco, dez, 15 minutos. Treinos guiados, disponíveis em aplicativos e sites, auxiliam os iniciantes. Escolha um ambiente tranquilo da casa, sente-se de maneira confortável e tente realizar as sessões sempre no mesmo horário. A manhã é um bom momento para isso.

Outra maneira de meditar é fazer pausas durante o dia, especialmente quando estamos mais irritados ou distraídos. Quando você perceber que está saindo do seu eixo, pare e respire, levante da cadeira e se alongue.

Técnicas que envolvem a movimentação do corpo, como ioga e tai chi chuan, também ajudam a se concentrar no presente e reduzir o estresse. Só converse com um profissional para executar os gestos direito. 

Obstáculos para uma boa prática meditativa

É difícil manter a concentração durante a meditação, ainda mais para quem não tem experiência e está ansioso com a Covid-19, a doença causada pelo coronavírus. Esse desafio é um dos principais motivos para a desistência.

Mas atenção: é normal e até esperado ter pensamentos intrusos durante as tentativas de meditação. O exercício é justamente reconhecer esses pensamentos e lidar melhor com eles. Ao contrário do que se imagina, a mente de quem medita não vira uma tela em branco. A ideia é identificar o pensamento e deixá-lo ir. Ele é como uma nuvem, que se forma no céu e logo é dissipada.

Quando sentir que está perdendo o foco, volte-se ao objeto de atenção da prática. Ou seja, concentre-se na respiração, nas sensações do corpo… É um embate constante com o seu cérebro, em especial nas primeiras sessões. Justamente por isso é bacana começar aos poucos, com exercícios respiratórios e sessões curtas, de preferência com orientações de um profissional.

Ah, e vale dizer que a meditação sozinha não faz milagre pelo seu bem-estar mental. Também é importante manter uma rotina de alimentação e sono, fazer atividades físicas e seguir cultivando as relações, mesmo que à distância.

Fora isso, para acalmar os neurônios, é necessário ainda ajustar sua atitude em relação ao contexto atual. “Eu posso ficar o tempo todo pensando no que não tenho e encarando a minha casa como uma prisão. Mas também posso considerá-la um santuário e aproveitar para refletir sobre a minha vida”, comenta Elisa. “Isso sem perder, claro, a noção da realidade. Sabemos da epidemia, mas podemos focar em aspectos e ações positivas”, continua a neurocientista.

Entretanto, se as tentativas de meditar são frustrantes a ponto de exacerbarem a ansiedade e os pensamentos negativos, vale considerar suporte psicológico profissional. Ele pode ser oferecido à distância por alguns profissionais, convênios e aplicativos.

No mais, sintomas depressivos ou sugestivos de outros transtornos psiquiátricos exigem a avaliação de um profissional. Nesses casos, uma meditação sem orientação pode não ser uma boa.

 

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