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Conheça 4 profissionais que marcaram a história de Riomafra

Conheça 4 profissionais que marcaram a história de Riomafra

Data de Publicação: 2 de maio de 2020 17:55:00

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Por Carla Taíssa e Aline Cardoso

 

Muitas profissões resistem ao tempo, às mudanças e novas tecnologias. Assim como, alguns profissionais acabam marcando suas comunidades e influenciando transformações ao seu redor. Por isso, o Diário traz este especial com quatro profissionais que contam suas histórias de sucesso, desafios e pioneirismo nas cidades. Confira.

A primeira advogada mulher de Riomafra

Se hoje a mulher conta com amplas oportunidades profissionais, isso acontece devido ao pioneirismo de profissionais que romperam barreiras no passado e abriram caminhos para as novas gerações. Assim como a história da advogada Marli Dornelles, que foi a primeira mulher a advogar em Mafra.

Ela iniciou sua carreira nos anos 1970, quando veio para a cidade acompanhando seu marido que foi transferido para trabalhar aqui. E, a advogada conta os desafios que passou no início da carreira na região: “foi uma época difícil. No contexto local, a advocacia era somente exercida por homens, então foi um período de adaptação tanto para eles quanto para mim. Mas consegui me impor profissionalmente depois da minha primeira causa.”, conta. “Venci e com muito orgulho e carinho abri espaço para todas as profissionais liberais (de diversas profissões) que hoje atuam na cidade”.

A filha de Marli, a também advogada Adriana Dornelles, conta que o pioneirismo de sua mãe é motivo de orgulho para a família. “Ela abriu caminho para a igualdade de direitos entre homens e mulheres, foi um grande exemplo para nós de que a mulher tem que conquistar sua independência através do seu trabalho!”.

Há 35 anos trabalhando com ferragens

Muitas profissões se mantêm firmes mesmo com a passagem das décadas. Um exemplo é Amando Pedro Ribas Pereira, 67 anos, que ainda trabalha com a Loja do Pereira, em Mafra. Está no ramo hávmais de 35 anos, desde 1985. “Antes do meu trabalho atual, eu tinha um açougue e, em 1985, encerrei essa atividade e foi o ano em que abri a loja. Aqui tenho ferramentas de todos os tipos: ferragens em geral, panelas de ferro e, ainda, forneço produtos agrícolas para pequenos produtores”, conta.

E Amando conta que ele sempre gostou de trabalhar com ferramentas, por isso iniciou no ramo. “Houve muitas mudanças e transformações, porque a qualidade do produto caiu, devido as importações, e vender qualidade é para as pessoas que têm conhecimento e gostam de trabalhar. Porque bens duráveis precisam ser produtos bons. Eu trabalho com marcas consagradas para levar qualidade aos meus clientes”, explica.

E neste Dia do Trabalho, Amando Pereira relembra sua experiência no comércio e revela que a chave é persistir para chegar ao sucesso ao longo das décadas. “Tem que ter persistência, não desistir jamais. Cada batalha do dia a dia precisa ser vencida. Sempre temos dificuldades. O pequeno empresário não é muito reconhecido nos dias de hoje. Com tudo o que estamos vivendo ainda temos procura, porque vendemos um produto consagrado, continuamos trabalhando, precisamos passar por tudo isso”, finaliza.

Com 30 anos de profissão, costureira ‘veterana’ mantém seu ateliê, em Rio Negro

“São quase 70 anos vividos e mais de 30 como costureira”, conta Marli Maurer. Aposentada na profissão, ela mantém um ateliê em sua casa e atende pessoas do seu bairro e de toda a cidade. 

Mesmo com a chegada de facilidades de tecnologia e compras, Marli mantém viva sua rotina como costureira. “Como estou aposentada, hoje eu escolho mais os trabalhos. Mas é uma profissão muito prazerosa, faço com muito gosto”, conta.

A costureira também lembra que sua profissão é importante não só pela sua utilidade, ou por ter aberto portas em sua vida, mas também pelo desenvolvimento e aprendizado. Assim como, ela recomenda a prática para as novas gerações. E diversos estudam comprovam que atividades artesanais são benéficas para a saúde física e mental. Então vale seguir a dica de Marli.

Pioneiro na medicina em Mafra

Dr. Anor Dittert Pinto, médico especialista em Otorrinolaringologia e Oftalmologia é mais um na lista dos profissionais pioneiros da cidade. Completou seus 82 anos, nesta última quarta-feira (29), e ainda faz atendimentos na Nova Clínica, em Rio Negro, e é especialista da Medicina do Tráfego, em Mafra, e está entre os oito primeiros médicos da área na cidade.

“Na época não havia muitas possibilidades. Escolhi o ramo da Saúde por ter parentes que já eram médicos e que me inspiraram, e por me parecer ser um trabalho muito digno e que eu me identifiquei”, conta. “Me formei em 1962 e me especializei em Oftalmologia, e Otorrinolaringologia em Curitiba-PR. Trabalhei em Loanda-PR, por um ano e logo após vim para Rio Negro. Atendia também toda a região circunvizinha Canoinhas, São Bento do Sul, e Itaiópolis, na época”, lembra. E o Dr. Anor segue ativo, “continuo trabalhando e me especializando na área”. Ele conta também que com o passar dos anos, a profissão foi mudando e se modernizando.

Mas, Dr. Anor deixa claro sua paixão pela profissão. “Não me arrependo de ter feito esta jornada, abraçando estas duas especialidades. A medicina sempre me trouxe entusiasmo. Desde o início até o momento, sempre foi uma alegria estar diante de um paciente e bem atendê-lo, minimizando seus sofrimentos. Esta é a melhor recompensa que se pode ter no exercício da medicina, a emoção de reestabelecer a saúde e receber a confiança do paciente. Não há dinheiro que pague”, finaliza.

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