As fake news no Facebook são constantes na plataforma. Postagens sobre beber água sanitária para curar o coronavírus e o distanciamento social não funcionar para prevenir a disseminação, são comuns. Por isso, a mídia social começou a enviar alertas aos usuários que curtirem, reagirem ou comentarem postagens com informações falsas e nocivas, principalmente, sobre a covid-19. Além disso, dará destaque a artigos com informações baseadas na Organização Mundial da Saúde (OMS).

Entenda as mudanças

O Facebook anunciou que os usuários da rede que tiveram contato com informações falsas sobre o coronavírus — seja por meio de posts, compartilhamentos ou vídeos — receberão avisos pop-up sobre o conteúdo. Seria uma resposta a uma pesquisa da Avaaz sobre o impacto da desinformação na rede social.

A empresa também incluiu uma nova seção no seu centro de informações do Covid-19 chamado Get the Facts, com artigos verificados que desmascaram informações erradas sobre o coronavírus.

As novidades também foram compartilhadas pelo executivo-chefe do Facebook, Mark Zuckerberg, em seu perfil.

Pesquisas mostram a disseminação de fake news no Facebook

Estas medidas foram anunciadas após uma pesquisa da George Washington University e da Ohio State University, encomendada pela Avaaz. O estudo mostra que emitir correções por verificadores de fatos independentes, a cada vez que um usuário do Facebook for exposto a uma desinformação, pode reduzir em 49,4% a crença no conteúdo enganoso, podendo esta redução chegar a 61%.

Os pesquisadores da Avaaz analisaram uma amostra com mais de 100 exemplos de desinformação, em seis idiomas, sobre o coronavírus no Facebook. Essas postagens foram compartilhadas 1,7 milhão de vezes e foram visualizadas, aproximadamente, 117 milhões de vezes nos seis idiomas. Isto, mesmo já tendo sido checadas por verificadores de fatos independentes.

A análise foi feita em parceria com 13 organizações de verificação de fatos. Assim sendo, o andamento das verificações acontecem em países como Brasil, Itália, Espanha, Colômbia, Índia e República do Congo.