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Dia das Mães: conheça a história de três gerações de mães riomafranses

Dia das Mães: conheça a história de três gerações de mães riomafranses

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Por Carla Taíssa e Aline Cardoso

 

Neste dia das Mães, o Diário de Riomafra traz uma homenagem a todas as mães de Riomafra. Por isso, trazemos histórias marcantes de diversas gerações de mulheres que compartilham os desafios e beleza da maternidade. Além de mostrar como elas estão enfrentando essa fase de isolamento social. Confira:

O primeiro Dia das Mães

O ano de 2020 ficará guardado como uma memória especial na história de Aline Witt Habkost Dolla, 27 anos. Isso porque, este será a primeira comemoração da jovem advogada, que está grávida de 5 meses. “Estou me sentindo muito animada, tem vezes que nem parece ser verdade. Mas é uma data que me deixa muito feliz e que, tenho certeza, será inesquecível”.

Aline conta que receber a notícia da sua primeira gravidez foi uma surpresa. “Eu definitivamente não esperava. Não tinha nenhum sintoma "típico" e fiz o teste por incentivo de uma amiga. Como eu nem esperava que fosse ter um resultado positivo, ganhei um susto. Mas logo depois foi só alegria”.

E a jovem também relata os desafios de passar por esta experiência em meio a pandemia do novo coronavírus. “Estar grávida pela primeira vez já traz muitas dúvidas e preocupações, e em um período de pandemia a ansiedade aumenta”. Porém, Aline mantém a esperança e procura tirar aprendizado neste período. “Acredito que devemos tentar extrair o melhor de tudo que nos acontece”.

Por isso, ela conta que, apesar dos desafios (como a redução do trabalho, a impossibilidade de manter o convívio social, a necessidade de se adaptar ao home office, e o medo do mundo que seu bebê vai encontrar ao nascer), ela está focando no que a quarentena trouxe de bom. “Um maior convívio com minha família, e está sendo bem prazeroso dividir a gestação com eles, ver eles acompanharem em tempo real cada mudança e novidade”, explica.

Aline também diz que está se inspirando em diversas pessoas neste momento. “A gente vê o quanto temos pessoas fortes por perto, pessoas positivas, preocupadas e dispostas e isso nos incentiva a melhorar a cada dia mais e não nos deixa abater”.

“Eu sou uma mãe aprendiz, ainda na fase da gestação. Mas, se eu pudesse dar um conselho para as outras mães, seria para que não percam a esperança. Certamente essa fase difícil vai passar logo, então cabe a nós agora aproveitar a parte boa, pois provavelmente alguns momentos desse período de isolamento serão lembrados com muito carinho no futuro, em especial a oportunidade de estar mais tempo perto de quem amamos”, finaliza.

Três gerações de mães unidas

Você já pensou em uma família numerosa, onde três gerações de mães (avó, filha e neta) compartilham diariamente os desafios da maternidade? Esta é a história de Joaquina Sousa, Helena Cristina Souza de Oliveira e Tuísa Gabriela Ratochinski. Unidas, e com muita história para contar, as três moram juntas em Rio Negro.

“Me sinto muito feliz com isso! Tenho uma família numerosa, estou rodeada dos filhos, cinco netas, e agora o meu bisneto. Sou muito grata a Deus pela minha família linda!”, diz Joaquina Sousa, de 83 anos.

Joaquina é lageana, teve uma carreira de sucesso no comércio como proprietária de uma farmácia e casou-se com 31 anos. Ela tem dois filhos Helena Cristina e Vinicius João de Oliveira  Filho, que é adotivo. “Minha filha queria um irmão, então optamos pela adoção. Teve, claro, a dificuldade do processo com a burocracia, mas sou muito grata pelos meus filhos, tive muita sorte, eles são bençãos na minha vida”, conta.

E Joaquina conta que não apenas ela e seu ex-marido, mas outras pessoas da sua família também optaram pela adoção. “É uma benção divina ser mãe. Adoro minha vivência e ver, hoje, meus filhos bem, com suas próprias famílias, minhas netas conquistando seus espaços e, ainda, meu bisneto que é uma alegria na casa”, ressalta.

Alegria e gratidão, aliás, são constantes na vida de Joaquina. Ela conta que já passou muitos desafios em sua vida pessoal e profissional, mas nunca perdeu a alegria de viver e a jovialidade. “Eu adoro viajar, ter amigos e desfrutar o tempo com toda a minha família”.

E, neste Dia as Mães, ela deixa uma mensagem de amor para todas as mães. “Quero que todas as mães do mundo inteiro sejam abençoadas. Que todas possam ter seus filhos com saúde, possam educa-los e que Jesus olhe por todas com muito carinho”, diz. “Também desejo que no meio desta pandemia o ser humano seja mais consciente, grato, que fiquem em casa e que façam o que puderem para ajudar ao próximo. Que se compadeçam para ajudar todos os necessitados”, finaliza.

Ser mãe na pandemia

Um dos grandes desafios deste momento de pandemia é a adaptação a uma nova rotina com a família integralmente em casa, especialmente para as mães. Isso é ainda mais desafiador quando são mães que fazem home office, como a professora Fabiane Busarello.

“O isolamento social transformou a nossa rotina radicalmente e está ainda mais sobrecarregado, tendo como desafio equilibrar a atenção ao filho com o trabalho home office”, conta Fabiane. Mas ela procurou adotar estratégias para organizar seu dia a dia, separando momentos do dia para o trabalho e outros horários para se dedicar ao filho.

No entanto, a principal forma de enfrentar a mudança da rotina ainda é o diálogo aberto na família. “Logo que iniciei o trabalho em casa, conversei com o meu filho e expliquei como seria a nossa rotina com isso tudo. Organizo o dia para poder atendê-lo com o meu trabalho. Ele sabe que tenho alunos para atender, reuniões online, planejamento para organizar e atividades para serem corrigidas, e que é preciso fazer isso”, explica. “Meu filho também tem a consciência do que o vírus pode nos causar e os cuidados que devemos ter diariamente”.

Fabiane conta ainda que, neste ano, outra mudança é que o Dia das Mães vai ser um pouco mais reservado. “Almoçaremos em casa mesmo para não termos contato com outras pessoas e assim evitando o contágio, tomando todos os cuidados possíveis”. Mas ela reforça que o momento é de buscar equilíbrio.

“Se eu pudesse dar uma dica para as mães seria planejar o seu dia da maneira mais tranquila possível: organizar seu espaço de trabalho, para que fique funcional, defina horários e o planejamento das tarefas dos filhos. E, principalmente, estabeleça momentos para as brincadeiras, refeições e conversar com as crianças. Desde o início da quarentena sempre expus para o meu filho sobre a importância dos cuidados com o coronavírus”, diz.

Neste Dia das Mães, Fabiane conta que gostaria de deixar a mensagem que ser mãe é a missão de maior responsabilidade. “É amar de forma mais completa, dar o melhor de si e não esperar nada em troca. Devemos nossa vida as mães, que são merecedoras de todo o nosso respeito e digna de todo o nosso afeto. Mães são sinônimo de amor e bondade, presentes de Deus para nossas vidas. Feliz dia das Mães para todas!”, finaliza.

Mãe de dois filhos com síndrome rara conta sua história

Ser mãe de duas crianças especiais ensinou muito a Laurici Moser, que, com mais de 70 anos de idade, cuida de Plácido Oliveira Junior, de 51 anos, e de Patrícia Oliveira, de 47 anos de idade. Os dois foram diagnosticados com a Síndrome de Sjögren-Larsson, uma síndrome rara.

Laurici conta que quando eles nasceram os médicos não sabiam exatamente qual era o diagnóstico. Assim, foram muitos anos os tratando como paralisia cerebral. “Há apenas 25 anos atrás que a doença foi descoberta. Na época em que eles nasceram, os médicos não sabiam o que era e só após que o tratamento foi começando a ser feito corretamente que foi surgindo efeito”, explica.

De acordo com os médicos que os acompanharam quando crianças eles viveriam apenas 15 anos. “Eu fiquei desesperada, não medi esforços para procurar recursos em todos os lugares. Mas nunca perdi a fé e hoje eles estão aqui comigo, vivendo uma vida super ativa”, conta.

Laurici explica que passou por muitas dificuldades, afinal os dois são bem dependentes dela. “Eles têm tetraplegia, mas agora já conseguem andar com apoio de bengala”, conta. Seu filho Plácido deu seus primeiros passos com 27 anos e Patrícia com 23 anos de idade, e hoje participam de competições realizadas pela APAE, associação que frequentam para realizar as atividades. Os dois possuem muitas medalhas ganhas nas competições em que participaram.

Por isso, Laurici diz não se arrepende de nada pelo o que passou. “Tenho dificuldades ainda. Mas por onde vamos encontro pessoas que querem ajudar, e precisamos entender que eles têm vida, tem amor, e que nos ensinam muito” comenta.

Assim, ela deixa uma mensagem a todas mães e aos leitores do Diário: “Me sinto muito realizada, por ter tido meus filhos, por ser mãe. Por isso nunca desista que tudo vale a pena”, finaliza.

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