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Vitamina D e Exercício Físico para a Prevenção de Queda de Idosos

Vitamina D e Exercício Físico para a Prevenção de Queda de Idosos

Data de Publicação: 12 de maio de 2020 09:35:00

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As quedas de idosos são frequentes, com prevalência superior a 40% nos indivíduos com oitenta anos ou mais. Elas representam, também, um marcador de morbidade e mortalidade nessa população, sendo que em cerca de 10% das vezes ocasionam fraturas. As fraturas decorrentes de quedas, principalmente do quadril, levam à morte em cerca de 20% dos casos e, em 50% dos casos não fatais, levam o idoso a tornar-se dependente.

Sabe-se que a vitamina D tem papel fundamental na via metabólica do cálcio, estando sua suplementação associada ao aumento da massa mineral óssea e à prevenção de fraturas.

Alguns estudos têm mostrado um papel importante da vitamina D no aumento da força muscular e também sobre o equilíbrio postural e dinâmico. Demonstrou-se que idosos com níveis séricos altos de vitamina D apresentaram maior força muscular e menor risco de quedas. A relação direta entre a condição muscular e a vitamina D foi sugerida também por estudos que evidenciaram a presença de receptores específicos de vitamina D no músculo.

Como a expectativa de vida e a prevalência de idosos na população vêm aumentando consideravelmente no nosso país, a prevenção de quedas torna-se um assunto de fundamental interesse de saúde pública e econômico, visto que a incidência de fraturas poderá triplicar nos próximos sessenta anos. Além dos custos intangíveis relacionados à qualidade de vida dos idosos, as morbidades decorrentes de fraturas poderão aumentar consideravelmente os gastos financeiros em saúde pública. De acordo com diversos estudos científicos, pode-se recomendar a suplementação de vitamina D na prática clínica para fins de prevenção de quedas em indivíduos idosos.

Além da vitamina D, a atividade física tem caráter preventivo e de manutenção da capacidade funcional do idoso melhorando sua qualidade de vida e seu estado de humor.

Uma prática bem executada, sem riscos, e com planejamento só tende a promover a saúde e prevenir doenças. Os exercícios ajudam a combater a obesidade, diabetes, colesterol e pressão alta, reduzindo os riscos de doenças cardíacas. Promove uma maior aptidão cardiorrespiratória, aumentando o “folego” para uma simples caminhada até um ponto específico como mercado, farmácia, entre outros. Melhora a flexibilidade das articulações, aumenta a resistência dos músculos e a densidade dos ossos. Isso melhora a mobilidade funcional, diminui o risco de quedas e o medo de cair. Ou seja, faze bem para o corpo e para a alma: pois aumenta a segurança do idoso nas tarefas do dia a dia deixando-o mais confiante e com a autoestima elevada por ser capaz de fazer suas tarefas com independência. Isso leva a diminuição da ansiedade e combate a depressão.

Assim, os alunos de Fisioterapia na UniSociesc de São Bento do Sul desenvolveram uma cartilha com alguns exercícios físicos simples que podem ser realizados em casa para prevenir a queda de idosos.  Compartilhe essa ação! 

 

Autora

Gabriela Ferreira é farmacêutica, doutora em Ciências da Saúde, pós-doutora em Engenharia e Ciência dos Materiais e pós-doutora em Farmacologia. Atualmente é pesquisador convidado do Instituto Ânima, professora presencial e online da Sociedade Educacional de Santa Catarina (UniSociesc) e Grupo Ânima, respectivamente. Coordenadora do curso de Biomedicina da UniSociesc de São Bento do Sul/SC. Tem experiência na área de Bioquímica, Farmacologia e Biomateriais.

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