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Mês de incentivo ao aleitamento materno

Mês de incentivo ao aleitamento materno

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Agosto é o mês que incentiva a amamentação e para isso foi criada a Semana Mundial de Aleitamento Materno, que vai do dia 1 a 7 deste mês, além ser chamado de Agosto Dourado, pela amamentação. Para as mamães tirarem algumas dúvidas o Diário Entrevista será com Samantha Scardazan, Aromaterapeuta com foco na saúde materno infantil, Consultora de Amamentação e voluntária desde 2012 no Grupo Virtual de Amamentação, além de ser mãe dos pequenos Victório de 9 anos de idade e Fabrício com 2 anos. Confira!

Por Aline Cardoso

A amamentação é tão importante para o bebê quanto para a mãe “Para a mãe de imediato na recuperação pós parto, a regulação hormonal para o útero voltar ao normal, a médio e longo prazo previne câncer de mama, entre outros benefícios comprovados. Para o bebê: reduz a mortalidade infantil, o colostro é a primeira vacina, previne inúmeras doenças e alergias, mamar tem efeito analgésico, acolhe, promove saúde emocional, bom desenvolvimento cognitivo. O bebê de peito é saudável e seguro” explica Samantha.

Apesar de tudo muitos mitos existem em relação ao leite materno, muitas mães por alguns fatores que acontecem durante a amamentação, dizem que seu leite é fraco, mas Samantha explica que não existe leite fraco “Esse é um dos maiores e mais nocivos mitos que atrapalham o estabelecimento da amamentação. O leite materno é perfeito, contém anticorpos, gordura, água, todo o aporte nutritivo que o bebê necessita. Como maior exemplo, foi demonstrado em pesquisa em países subdesenvolvidos, que até o leite de mães desnutridas é completo e cria bebês saudáveis”.

De acordo com a aromaterapeuta o melhor para se ter uma boa amamentação é a Livre Demanda “Costumo usar a frase: Se tem um bebê sugando, tem leite saindo”, disse.  Isso se dá ao estímulo da sucção do bebê, que regula a produção de leite.  Ela ainda destaca que se a mãe sentir pouco leite, o melhor é a busca por informação e ajuda especializada, como os bancos de leite, grupos de apoio, consultora de amamentação. “Não vai ter receitas para aumentar o leite, mas terá apoio para confiar no seu corpo e nos sinais do bebê. Peito não é só alimento, bebês tem no peito seu porto seguro, é para onde precisam ir enquanto não sabem expressar suas necessidades”.

Já mães que não conseguem amamentar existem algumas formulas que ajudam eles a terem os nutrientes necessários para as fases de crescimento, mas nada substitui os benefícios do leite materno “anticorpos e proteção contra alergias, só o leite materno pode prover”, disse.

Alguns problemas podem existir sim e conforme Samantha explica um dos maiores vilões é o bico artificial “O bebê erra a pega, não faz uma sucção efetiva podendo ter ganho de peso inadequado, causa fissuras e afeta a produção. Na mãe são as fissuras, hiperlactação, ductos entupidos, mastite, problemas que são facilmente corrigidos ou tratados com ajuda especializada e informação. E é importante ressaltar que amamentar não deve doer. Se há dor, busque ajuda para solucionar.

A OMS recomenda que os bebês sejam alimentados apenas com leite materno até os seis meses, após é dado início à fase alimentar com diferentes alimentos e especialista reforça que não há problema algum em continuar com a amamentação após os seis meses quando o bebê começa a conhecer novos sabores e texturas “o leite materno continua sendo o principal aporte nutritivo até quase um ano, sendo a introdução alimentar gradual e sem pressão”.

Para as mães de primeira viagem a dica de Samantha é a busca pelo conhecimento “estude amamentação, converse com mulheres que amamentam, vá nas reuniões mensais do banco de leite, se possível procure uma consultora e ouça quem te apoia.

Em especial a Semana Mundial de Aleitamento Materno e ao mês de incentivo a amamentação a mensagem deixada por ela é “Amamentação por um Planeta Saudável é um tema urgente. A saúde integral da população está diretamente ligada a práticas ecológicas, e resgatar a cultura da amamentação é um grande passo. Nossos filhos e nosso planeta precisam de um futuro saudável, e a amamentação traz impactos positivos a longo prazo, física e emocionalmente” finalizou.

 

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