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Óleos essenciais: entenda melhor como funciona

Óleos essenciais: entenda melhor como funciona

Data de Publicação: 28 de agosto de 2020 08:31:00

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Não ficando mais apenas nos spas, os óleos essenciais tornaram-se grandes aliados. Os líquidos altamente concentrados, extraídos de plantas, têm historicamente marcado a presença em produtos de beleza e agora pesquisas provam que, quando inalados adequadamente, também são bons remédios.

Os óleos essenciais carregam a “essência” da planta e são rapidamente absorvidos pelos receptores olfativos que estão ligados ao sistema límbico, que controla a frequência cardíaca, pressão arterial, respiração e estresse. A essência de cada planta tem uma composição química diferente que afeta seu cheiro, absorção e efeito. Porém, há muito o que descobrir com óleos essenciais, já que não existem dois óleos exatamente iguais.

As descobertas são promissoras, mas elas vêm com algumas ressalvas: primeiro, elas são amplamente testadas. Além disso, você deve usá-los criteriosamente. Tudo o que é poderoso o suficiente para exercer um efeito benéfico no corpo é poderoso o suficiente para exercer um efeito negativo.

Os óleos essenciais liberam compostos orgânicos voláteis, efluentes gasosos frequentemente ligados a tintas e pesticidas. Portanto, embora, por exemplo, a exposição moderada aos melhores óleos essenciais possa ser saudável para o coração, a exposição prolongada pode representar riscos cardíacos.

Todo óleo essencial tem seus próprios benefícios, e as vantagens que você pode obter dependem do óleo que você usa. Alguns benefícios possíveis:

- Eles podem ajudar a reduzir a ansiedade;

- Vários óleos essenciais, como laranja e lavanda, foram mostrados em estudos para ajudar as pessoas a ficarem um pouco menos ansiosas. Vale ressaltar que algumas pesquisas descobriram que as vantagens só acontecem no momento, como quando você recebe uma massagem.

- Eles podem ajudar com dores de cabeça

- Alguns estudos menores descobriram que as pessoas tinham menos dor de cabeça depois de aplicar óleo essencial de hortelã e pimenta em sua pele. Um estudo até descobriu que não havia uma diferença significativa entre o uso de óleo de hortelã-pimenta para reduzir a dor e o uso de acetaminofeno (também conhecido como Tylenol).

- Os óleos essenciais podem melhorar seu sono

- A alfazema, em particular, demonstrou aumentar a capacidade de dormir e acordar incrível.

- Os óleos essenciais podem ajudar a reduzir a inflamação

Alguns óleos essenciais podem ajudar a prevenir a inflamação. Pesquisas em ratos e placas de Petri descobriram que óleos como lavanda, tomilho e orégano podem ser bons para isso, mas ainda é preciso fazer mais estudos com seres humanos.

O limão, em particular, é bom para combater coisas como náusea e vômito. Um estudo realizado com mulheres grávidas descobriu que aquelas que cheiravam a óleo de limão quando se sentiam doentes tinham significativamente menos náusea e vômito nos dias seguintes do que as mulheres que não sentiam.

Os efeitos colaterais que você pode enfrentar dependem do óleo que você está usando e de como está usando. Os óleos essenciais à base de citros, como laranja, limão e bergamota, são fotossensibilizadores e podem predispor alguém a sofrer queimaduras solares, se você a colocar diretamente na pele, especialmente sem diluir.

Além do mais: Alguns óleos essenciais são tóxicos para o sistema nervoso e o fígado, como a árvore do chá e o eucalipto, e precisam ser usados ??com cautela em torno de pequenos animais e bebês, idosos e mulheres grávidas. E alguns óleos essenciais, como artemísia, poejo e absinto, podem causar a contração do útero, de modo que você não deseja usá-los durante a gravidez.

Pessoas que tendem a ter fortes reações ou alergias a fragrâncias ou que têm problemas respiratórios também devem ser cautelosos ao usar óleos essenciais. No geral, os testes de segurança mostram poucos riscos quando os óleos são usados ??conforme as instruções. Na maioria das vezes, não há mal nenhum. Como terapia, os óleos essenciais são uma solução eficaz de baixo risco, baixo custo.

Autora

 

Gabriela Ferreira é farmacêutica, doutora em Ciências da Saúde, pós-doutora em Engenharia e Ciência dos Materiais e pós-doutora em Farmacologia. Atualmente é pesquisador convidado do Instituto Ânima, professora presencial e online da Sociedade Educacional de Santa Catarina (UniSociesc) e Grupo Ânima, respectivamente. Coordenadora do curso de Biomedicina da UniSociesc de São Bento do Sul/SC. Tem experiência na área de Bioquímica, Farmacologia e Biomateriais.

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