A pandemia causada pela Covid-19 começou em 2020 e com ela veio o isolamento social, alterando a rotina de pessoas de todo o mundo, assim como a de seus animais de estimação.

Muitos profissionais começaram a trabalhar em home office permanecendo mais tempo em casa, próximo dos pets. O que não se sabe é se o isolamento social teve impacto na relação dos tutores e seus animais de estimação, durante esse período de isolamento social. Para responder essa pergunta os alunos do curso de Medicina Veterinária da UNISOCIESC de São Bento do Sul, Santa Catarina, Brasil, elaboraram um questionário online com perguntas sobre a interação dos tutores com seus animais de estimação durante a pandemia.

O questionário foi divulgado em mídias sociais e tinha como público alvo pessoas que possuem animais de estimação. Foram obtidas 790 respostas de 23 estados brasileiros.

Segundo a pesqueisa 25,94% dos tutores relataram que moram em apartamento, 74,05% moram em casa e destes a maioria (74,68%) possui espaço externo.  O animal de estimação mais citado (87,07%) foi o cão, seguido do gato (38,61%) e 59,11% destes vivem dentro de casa.

A maioria dos tutores (45,44%) relatou que trabalhou em casa em período integral durante o período de isolamento social, e 32,28% trabalhou em casa apenas meio período. Metade dos participantes (51,64%) relataram que passeiam com seus animais e destes apenas 37,97% higienizam as patas do animal após o passeio. 

A maioria (91,77%) dos tutores acreditam que a pandemia melhorou sua relação com seu animal de estimação, tornando-os mais próximos e 75,31% relatou que durante a pandemia começou a dedicar mais horas do seu dia para realizar atividades, passeios e brincadeiras com o seu animal de estimação.

Desta forma, os estudantes observaram que o isolamento social, trouxe mudanças consideráveis na rotina de animais domésticos e seus tutores, ficando evidente o aumento da afetividade e dos cuidados de tutores com os seus animais de estimação.

Autores: Bruna Eloisa, Juliana Camargo Buch Polaski, Nicoly Bauer Vecchiatti, Sabrina Alegre, Vanessa Aparecida Pires, Camila Cecilia Martin e Caroline Bortoleto

Autora

Gabriela Ferreira é farmacêutica, doutora em Ciências da Saúde, pós-doutora em Engenharia e Ciência dos Materiais e pós-doutora em Farmacologia. Atualmente é pesquisador convidado do Instituto Ânima, professora presencial e online da Sociedade Educacional de Santa Catarina (UniSociesc) e Grupo Ânima, respectivamente. Coordenadora do curso de Biomedicina da UniSociesc de São Bento do Sul/SC. Tem experiência na área de Bioquímica, Farmacologia e Biomateriais.