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Dia do motorista: entrevista com Rafael Piaskowski

Dia do motorista: entrevista com Rafael Piaskowski

Há mais de 10 anos como motorista de ambulância no município de Mafra, Rafael conta toda sua história dentro profissão

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O Dia de motorista é celebrado no dia 25 de julho, mesma data em que os católicos celebram o dia de São Cristóvão, padroeiro de todos os profissionais do transporte. A bordo de seus carros, caminhões, ônibus, carretas e motos, os motoristas carregam consigo uma grande responsabilidade social. São encarregados de transportar diversos tipos de mercadorias, famílias e até mesmo sonhos, para diversas cidades e regiões. Para homenagear a todos os motoristas convidamos para uma entrevista Claudio Rafael Piaskowski, que há mais de 10 anos trabalha como motorista de ambulância em Mafra. Ele conta toda sua experiência e trajetória dentro da profissão e presta sua homenagem aos seus colegas de profissão. Confira!

- Quanto tempo você trabalha nessa profissão?

Há mais de 10 anos trabalho como motorista de ambulância em Mafra.

- E como você entrou nela? Conte mais sobre isso.

Aos dezoito anos eu ingressei o exército. Tive a oportunidade de fazer vários cursos, dentre eles motorista de blindados e carros de combate. Me ofereceram o curso para mudança de categoria, então eu tive oportunidade de mudar para a categoria de ônibus a qual eu comecei nas escalas de serviço como motorista.

No exército pude participar de várias missões. Uma delas foram as operações lá em Resende, Rio de Janeiro. Na Academia Militar das Agulhas Negras, participei duas vezes, quando aconteceu a enchente de 2008 em Blumenau.

Logo em seguida, no mesmo ano abriu um concurso da Prefeitura de Mafra o qual eu fiz a e acabei passando. Iniciei a minha carreira na Secretaria de Educação. Naquela época, ainda, fomos emprestados para trabalhar na Apae, fazíamos o transporte dos alunos. Também foi uma experiência bem incrível, onde eu aprendi muita coisa.

Depois de dois anos e meio voltei para a Secretaria de Educação para trabalhar com os alunos da rede municipal e em um ano e meio fui pra Secretaria de Saúde e estou até hoje.

- Como é a rotina de um motorista de ambulância?

O nosso transporte ele é um suporte básico. Existe o suporte avançado que são os bombeiros e SAMU o nosso é um pouco diferente. Fazemos o transporte do paciente que já está estabilizado. Como as transferências entre hospitais, altas hospitalares, fizemos muita transferência de pacientes com covid, mas que não estavam em uma situação muito grave, e sim em uma situação mais estável.

- Já aconteceu algum fato marcante em toda sua trajetória como motorista de ambulância? Conte sobre isso.

Teve um fato já no início quando eu entrei na Secretaria de Saúde que fazíamos um transporte de pacientes para Porto União, para tratamento oncológico. E tinha um rapaz que a mãe sempre acompanhava no tratamento dele. Depois de um tempo, que eu fiz várias viagens para Blumenau, Floripa, Curitiba e fiquei sem ir para Porto União quando eu fui fazer a viagem novamente, eu vi que aquele rapaz não estava mais lá. Estava só a mãe, sem o filho. Eu logo perguntei onde estava o filho dela e aí ela me contou que ele tinha infelizmente falecido.

Ela contou a história que o médico do menino havia falado que o caso infelizmente já era irreversível e ele já havia deixado todo o funeral pago, e tudo certo, para que a mãe não precisasse fazer nada. Foi bem no início em que eu estava na secretaria da saúde então me marcou muito.

- Gostaria de deixar alguma mensagem final aos nossos leitores e aos seus colegas de profissão?  

Quero desejar um feliz dia dos motoristas a essa classe que é tão importante para o nosso país.

Assista a entrevista gravada em nosso canal do YouTube: 

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