Português (Brasil)

Entrevista com a psicóloga Jéssica Paqueira: Psicologia e emagrecimento

Entrevista com a psicóloga Jéssica Paqueira: Psicologia e emagrecimento

Acompanhe nossa conversa com Jéssica Paqueira, psicóloga e graduanda de nutrição. Jéssica trabalha na área de emagrecimento, transtornos alimentares e faz avaliação para cirurgia bariátrica. No futuro, pretende ser nutricionista esportiva. Confira nosso bate-papo!

Compartilhe este conteúdo:

Acompanhe nossa conversa com Jéssica Paqueira, psicóloga e graduanda de nutrição. Jéssica trabalha na área de emagrecimento, transtornos alimentares e faz avaliação para cirurgia bariátrica. No futuro, pretende ser nutricionista esportiva. Confira nosso bate-papo!

- Pra quem busca o emagrecimento, qual seria sua orientação como profissional?

É interessante a gente conseguir unir as duas áreas, a parte da psicologia e a área da nutrição. Mais pra frente meu atendimento ficará “redondinho” nisso. Se formos avaliar, é muito importante a parte emocional, por que o que manda em nós é a mente. É preciso estar bem orientada e consciente dos nossos pensamentos e emoções para conseguir o emagrecimento, pois não é algo tão simples. Quando falamos sobre emagrecimento, eu gosto muito de comparar que é comportamento alimentar: tudo o que fazemos no nosso dia-a-dia, estudado ou voltado para área alimentar. Não é simples. Às vezes se a pessoa é muito agitada ou nervosa, ela também será assim na área alimentar. Precisamos estudar o comportamento e o emocional desse indivíduo, instrumentalizar a pessoa. Assim, ela irá reconhecer e aprender a lidar com a questão emocional, posteriormente conseguindo o emagrecimento. Temos que ter um autoconhecimento de nós mesmo, de nossas emoções, de nosso comportamento.

 

- Qual é o seu campo principal de procura? Esportistas, pessoas comuns ou ambos?

Hoje é mais comum pessoas que não são atletas, atletas são mais raros. São poucas pessoas que realmente querem levar ao extremo, ser atleta é ir ao extremo, viver no limite. É algo que também precisa de acompanhamento, por que não é tão saudável de passar, pois é viver no extremo. Então o que eu atendo mais são pessoas comuns, que querem abaixar seu peso, melhorar algo que incomoda, fazemos a orientação para esse tipo de pessoa. Mas também atendemos atletas que querem um melhor desempenho, um acompanhamento na preparação para uma competição. Mas o maior público mesmo, mesmo quando eu me formar em nutrição e ser uma nutricionista esportiva, acabamos atendendo mais as pessoas comuns.

 

- Por quê que às vezes temos baixas psicológicas quando estamos em dieta?

Às vezes, as pessoas que chegam a levar isso ao extremo com dietas restritivas, rotinas maçantes e intensas. Isso começa a sobrecarregar e a pessoa perde a motivação, começa a se sentir estressada tendo rotinas pesadas de atividade e dor no corpo. Tudo isso favorece para que perca sentido para a pessoa, que começa a questionar o porquê de estar fazendo tudo isso e abrindo espaço para a depressão, uma ansiedade ou até talvez uma compulsão alimentar, que é muito comum em atletas por conta de uma dieta muito restrita, o que não é bacana, e eu aconselho isso para as pessoas. Tudo o que a gente restringe demais, o corpo não aguenta, e isso pode gerar uma compulsão. Às vezes a pessoa acaba comendo em excesso, ter dor no estômago e passar mal daquele ato compulsivo. Precisamos buscar uma alimentação realmente saudável, que não tenha sofrimento. Se eu levo um estilo de vida que contém muito sofrimento, então talvez esse estilo de vida não seja meu. Está tendo mais sofrimento do que prazer, e isso abre espaço para questões psicológicas.

 

- Você pedala bastante, podemos dizer que é uma atleta, com rotina intensa. Você acha que isso é importante para você avaliar os casos?

Quando fui trabalhar com essa parte de emagrecimento, testei muita coisa em mim antes de passar para os pacientes, então foi muito válido para saber como eles se sentem. Eu gosto de ter essa experiência pois você se aproxima mais dos sentimentos da pessoa, da sensação que ela está tendo. Eu particularmente entrei no esporte por conta da depressão. Eu me formei, saí do meu trabalho e acabei ficando por casa. Sem esse ritmo de trabalho e estudos, você acaba se sentindo desmotivado, então entrei na academia. Acabei pegando gosto e comecei a pedalar, hoje estou aqui com 6 anos de academia e 5 anos de pedal. Eu costumo dizer que o esporte bem aplicado, uma rotina bem aplicada te ajuda imensamente. O esporte e a musculação me tiraram da depressão. Eu estava num processo bem depressivo, entrei para ver se melhorava e completava o meu dia-a-dia, e foi uma mudança incrível que se teve. Consegui começar a gostar de esporte e hoje trabalhar ajudando as pessoas com isso. Foi muito significativo. Precisamos aprender a mediar, viver uma vida quase de atleta é puxado, mas se você conseguir manter seu emocional bacana, você atinge tudo, consegue levar a vida com muita tranquilidade.

 

- É muito importante que você conseguiu unir a nutrição com a psicologia. Como você se sente com isso?

Foi bem legal quando eu decidi a fazer nutrição, porque meus pacientes já chegavam no consultório achando que eu era nutricionista, por conta do meu Instagram e pelo estilo de vida que eu levo. Eu sempre gostei de cozinhar, fazer receitas diferentes, cuidar da minha alimentação e despertou esse desejo. Então por que não fazer nutrição para alinhar as duas? Já trabalho na área de emagrecimento, transtornos alimentares, avaliação para cirurgia bariátrica. Fazer nutrição só complementa mais.

 

Confira abaixo a entrevista completa:

 

Compartilhe este conteúdo: