Português (Brasil)

O poder da música: Como é ser músico?

O poder da música: Como é ser músico?

Data de Publicação: 10 de dezembro de 2021 14:33:00 Confira a entrevista com Fábio Paqueira, famoso cantor e musicista da cidade e região

Compartilhe este conteúdo:

Fábio Paqueira costuma encantar as noites de RioMafra e região com suas belas músicas e melodias! Com foco em Rock, reggae, músicas nacionais e internacionais e muitos outros estilos, o cantor vai nos contar um pouco mais sobre a vida de um músico.

 

Quando você começou na música?

Fábio: Comecei aos 14 anos. Tocava em festas de aniversário, em casa e no “churrasquinho” da família. No princípio, minha primeira dupla foi com o Tiago Fiori, que também é um músico conhecido na cidade. Na época, ele tocava teclado e eu guitarra e violão, fazíamos uma dupla e aos poucos começamos a montar uma banda. Aos 16 anos a banda já estava formada e tocávamos na festa do produtor, nos festivais que tinham na cidade e tal. Lembro do Zeppelin, do London, onde tinham alguns festivais de bandas em que nós participávamos e a partir daí eu nunca mais parei, começando a tocar mais em barzinhos, com bandas de bares, fazendo acústicos e tudo mais.

 

A música é o seu trabalho principal?

Fábio: Não, na verdade eu sempre levei a música como um hobby, como uma coisa que eu gosto de fazer e que me faz bem também. É algo que me traz satisfação pessoal. Na época eu trabalhava em outros empregos, mas sempre com a música no final de semana, como um hobby. Hoje em dia, sou policial e consigo até conciliar essa minha escala de serviço atual com a música, então ainda estou conseguindo fazer apresentações. Meu trabalho principal hoje em dia é ser policial, então deixo a música como um hobby, um lazer de final de semana, uma diversão.

 

É uma área difícil, tem muita concorrência?

Fábio: Não. Na verdade, é engraçado que, por exemplo, eu nunca faço divulgação, como ir atrás de algum barzinho. Normalmente são indicações dos próprios músicos. Percebemos que muitos músicos, colegas nossos, vão tocar em algum outro local, que, por exemplo, eu nunca toquei e acabam comentando: “O meu amigo também é músico!”. Existe uma união legal atualmente, coisa que há um tempo atrás não existia. Na época até existia uma certa concorrência e hoje em dia não. Então, os próprios músicos se indicam, fazem muitas parcerias também. Dificilmente eu tenho uma dupla específica, às vezes eu toco com o Juliano, que também é músico, às vezes com o Jeferson na bateria, o Andrei, então existe uma grande parceria. Acredito que todo mundo tem seu espaço, tem bastante lugar para tocar.

 

Qual é seu estilo de música, o que você mais gosta de tocar?

Fábio: O meu estilo é mais voltado para o rock, mas hoje em dia eu toco reggae, pop, rock nacional, internacional, variando um pouco mais dentro dessa linha, justamente para agradar mais ao público geral, porque muita gente não gosta de rock, mas conhecem muitas músicas que fizeram sucesso dentro do rock ou do mundo pop. Hoje em dia percebemos que muitos bares tem um público que prefere um som mais ritmado, algo mais para “dançar”, para se animar, e o reggae funciona muito bem para isso. Então, eu acabei nichando mais para esse lado. Na minha situação, por exemplo, eu tenho um problema de que quando vou tocar em um bar mais “sertanejo”, a reação do público pode não ser tão boa, então em tento focar mais nos lugares onde posso realmente fazer o meu som. Tem os bares que eu participo onde é focado no rock, onde são específicos para isso, e lá é uma reação totalmente diferente, o público já espera um som de rock, já conhece as músicas de rock antigas.

 

Quais são suas inspirações?

Fábio: Na música eu acredito que tudo que seja voltado ao rock. Minhas primeiras bandas, quando comecei, eram até de heavy metal. Na época eu tinha um cabelão comprido. A partir daí, eu fui escutando outros estilos dentro do rock, como o clássico, o antigo, e nacional e comecei a misturar. Hoje em dia eu sou mais eclético, eu escuto tudo um pouco. Então, acabaram ficando vários artistas desse meio, que me inspiram na música.

 

Que mensagem você mandaria para as pessoas que amam música, e pretendem virar artistas?

Fábio: É como eu sempre falo, vai do seu objetivo. Por exemplo, eu levo a música como um hobby e isso me faz bem. Acho que o mais importante é você gostar do que está fazendo, não pensar apenas no dinheiro. “Quero ganhar dinheiro com música, quero viver disso!”, você tem que gostar também, não adianta pensar só na questão de escolher como uma profissão, mas não gostar. Isso tem que te fazer bem, porque sempre vão ter situações ruins. Vai ter lugar que vai reclamar do seu repertório, um dono de bar que vai reclamar do volume, sempre vai ter uma coisa que vai desagradar. Então, você tem que gostar muito disso para entender esse lado e batalhar.  Sobre a questão de tentar um sucesso, sempre falam “porque você não lançou uma música própria?”, “porque você não participa do The Voice?”. Temos que ter em mente que a música hoje em dia é um negócio como qualquer outro. Se você quer fazer uma carreira, é necessário levantar um dinheiro e fazer um investimento, não adianta. Você vai ter que fazer videoclipe, fazer gravação em estúdio, vai ter que fazer divulgação desse material, então vai ter que ter um investimento alto. Não é mais como antigamente, que alguém olhava e gostava de você, e investia. Pode ser até que aconteça, mas é raro. É necessário investimento para se ter visibilidade.

 

Confira o vídeo da entrevista abaixo:

Compartilhe este conteúdo: