O secretário-chefe do gabinete, Hirokazu Matsuno, disse que não conhecia a condição de Abe. “Um ato bárbaro como esse é absolutamente imperdoável, não importa quais sejam os motivos, e o condenamos fortemente”, disse. O oficial do corpo de bombeiros local, Makoto Morimoto, disse que Abe sofreu uma parada cardiorrespiratória, mesma informação divulgada pela "Kyodo News". A NHK falou em "insuficiência cardíaca", que significa que o coração não consegue bombear sangue o suficiente e fornecer o oxigênio necessário para o resto do corpo.
Suspeito detido
Um suspeito foi detido por tentativa de homicídio: um homem de 42 anos. Segundo a imprensa japonesa, o atirador é um ex-integrante da Marinha do Japão. A NHK informou que o suspeito foi identificado como Tetsuya Yamagami, que disse à polícia que estava insatisfeito com Abe e queria matá-lo. A polícia não confirmou o relato da estatal. A polícia afirmou também ter recuperado a arma usada no ataque. A imprensa local disse tratar-se de uma espingarda caseira, de fabricação grosseira.
8 anos no poder
Abe esteve no poder durante oito anos e deixou o cargo em setembro de 2021. Foi o chefe de governo do Japão a ocupar o cargo por mais tempo. Seu sucessor - o 100º primeiro-ministro do país - é Fumio Kishida, ex-ministro das Relações Exteriores, eleito em outubro de 2021. Ao renunciar, Abe alegou motivos de saúde. Ele sofre de colite ulcerativa crônica, uma doença que já o havia tirado do poder em uma outra ocasião, em 2007. "Eu me dediquei de corpo e alma à recuperação econômica e à diplomacia para proteger o interesse nacional do Japão todos os dias desde que retornamos ao poder”, disse Abe à época. Ele ainda domina o partido no poder, o Partido Liberal Democrata (LDP), e controla uma de suas principais facções. Abe se tornou conhecido no exterior pela estratégia de recuperação econômica, conhecida como "abenomics", na qual mesclava flexibilização monetária, grande reativação do orçamento e reformas estruturais.
Fonte: G1