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Superlua dos Cervos ocorre na quarta: veja dicas para observação e curiosidades
Será a segunda vez no ano que fenômeno ocorre, após a Superlua de Morango em junho.
Batizada de "Buck Moon" - ou "Lua dos Cervos", em tradução livre - pela cultura nativo-americana dos Estados Unidos, a superlua desta quarta-feira (13) é a terceira e maior deste ano. A superlua acontece quando ela está na fase cheia e atinge o Perigeu - ponto de maior proximidade em relação à Terra. Nesta quarta (13), o satélite estará a 357.264 km do planeta - o ponto mais próximo durante todo o ano. A Lua atinge sua fase cheia nas primeiras horas da manhã, e nasce no final da tarde, às 17h20. Durante a superlua, o satélite aparenta estar até 14% maior e 30% mais brilhante. A desta quart (13) parecerá cerca de 7% maior e 16% mais brilhante. A noite de quarta-feira (13/7) terá a atração da Superlua dos Cervos, quando o satélite atingirá seu ponto mais próximo da Terra em 2022 em seu movimento de órbita - o que representará uma distância de 357.263 quilômetros. É a segunda vez no ano que ocorré um fenômeno deste tipo, depois da Superlua de Morango do mês passado. "Superlua é um termo popular para quando a fase de lua cheia acontece no 'perigeu-syzígia', ponto em que a Lua fica mais próxima da Terra na sua órbita. Essa superlua de julho tem o diferencial de estar mais próxima do que a do mês passado", diz Cassio Barbosa, astrofísico do Centro Universitário da FEI. "Ela aparece no céu um pouco maior do que habitualmente e um pouco mais brilhante.
Em locais muito escuros, dá para perceber um aumento de brilho." Uma sugestão em todo o Brasil é fazer a observação logo após a Lua surgir, aproximadamente às 17h45, e tentar um local com horizontes mais amplos. "Para que você tenha elementos para comparar o tamanho, como uma árvore, um prédio, uma montanha. Envolve um fenômeno de ilusão de ótica", diz o astrofísico. Nosso cérebro percebe a Lua desta forma quando o satélite é observado nessas condições. O nome Lua dos Cervos está relacionado à época em que a galhada desses animais volta a crescer e faz parte da tradição da tribo indígena Algonquin, do nordeste do Canadá.
Ela também é chamada no Hemisfério Norte de Lua de Trovão por causa da associação com as pancadas de chuva do verão nessa parte do mundo, afirma Barbosa. "Superlua" não é um termo oficial da astronomia, que se refere a este fenômeno como "lua cheia perigeana". O nome "superlua" foi criado em 1979 pelo astrólogo americano Richard Noole para designar "uma Lua nova ou cheia que ocorre quando a Lua chega ou está perto (pelo menos 90%) de sua maior proximidade da Terra". No entanto, o termo se popularizou como uma referência a quando a Lua está cheia nesta posição. Conforme explica a Nasa, isso ocorre porque o satélite orbita a Terra em uma trajetória elíptica a cada 27,3 dias. Assim, ela se aproxima e se afasta do nosso planeta conforme percorre esse caminho.
Maio teve eclipse e lua de sangue
Pouco depois da 0h30 de 16 de maio, no horário de Brasília, a Terra orbitou exatamente entre o Sol e a Lua por alguns minutos. A Lua ficou eclipsada pela Terra e adquiriu temporariamente uma cor vermelha escura profunda. Isso acontece porque a luz solar é projetada através da atmosfera da Terra para a superfície sombreada da Lua. No Brasil e nos Estados Unidos, onde houve céu limpo, o espetáculo foi plenamente apreciado. Na Europa, o fenômeno só foi visível por um curto período de tempo. "Se você fosse um astronauta na Lua, olhando para a Terra, veria um anel vermelho se expandindo ao redor do nosso planeta", disse Gregory Brown, astrônomo do Observatório Real de Greenwich, em Londres, em entrevista à BBC.
Fonte: G1