Português (Brasil)

De RioMafra para o Mundo: A Jornada de Alexandre Vaz no Powerlifting

De RioMafra para o Mundo: A Jornada de Alexandre Vaz no Powerlifting

Data de Publicação: 3 de novembro de 2023 16:31:00 Nesta edição da coluna Saúde e Equilíbrio, Alexandre Vaz fala sobre sua trajetória no powerlifting para se tornar Campeão Mundial no esporte, além de sua experiência na Hungria e sua rotina de treinos.

Compartilhe este conteúdo:

1. Pode se apresentar para os nossos leitores!

Meu nome é Alexandre Vaz, eu treino desde os meus 15 anos, hoje estou com 44, e na modalidade de powerlifting eu estou treinando desde 2006. Já fui campeão brasileiro, sul-americano, catarinense, e tive várias oportunidades de chegar ao mundial, mas não consegui por causa da falta de patrocínios.

Na semana retrasada nós estávamos no Campeonato Mundial da Hungria e conseguimos um grande êxito, ganhando de vários atletas importantes nessa categoria e conseguimos trazer o título para o Brasil e para as nossas cidades de RioMafra.

 

2. O que seria o powerlifting?

O powerlifting é uma modalidade de levantamento de peso onde são três movimentos, o supino, o agachamento e o terra. A minha modalidade é só o supino, e quem faz o powerlifting mesmo vai ter que fazer os três movimentos completos.

Eu participo na categoria Open e sou a Master também. A Open é de 20 anos para cima e pode competir com o pessoal de até 40 anos, mas o pessoal de 40 anos para cima vai competir na Master.

Nas categorias por peso eu participei da categoria até 100 quilos e venci com 220kg no supino. São várias marcas, teve o Luiz Gondro que foi junto comigo na categoria Junior e também foi campeão.

 

3. O que te fez despertar o gosto pelo powerlifting?

Até hoje eu lembro que quando comecei a treinar, eu tinha os meus 65kg, e quem competia nisso era o Borba, e ele levantava uns pesos que eu achava um absurdo, era na faixa dos 160kg. No meu primeiro campeonato tinha uns rapazes que eram de Curitiba e Balneário Camboriú e eles levantaram uns pesos de 210kg, e eu tirei foto com eles, quase pedi até autógrafos para eles. Daí treinei um ano inteiro e ganhei desses caras que eu tirei a foto.

O meu pai quando era vivo, ele também foi campeão sul-americano, treinou comigo uns 9 anos e tudo o que faço hoje eu ofereço para ele, porque ele também amava o esporte.

 

4. Fugindo um pouco do powerlifting, qual a sua profissão hoje?

Sou técnico de enfermagem e trabalho no PAM que abriu, no hospital de Rio Negro, eu era da prefeitura na área de enfermagem e agora faço parte do PAM. Faz dois anos que saí do exército, lá eu era temporário.

Eu consigo conciliar bem os treinos com a profissão. O pessoal que chega fica meio com medo de tomar injeção comigo, mas no final eles aceitam.

 

5. Vi no Instagram que fizeram uma Vakinha para você poder ir para a Hungria. Você conseguiu bastante ajuda?

Em março começaram os campeonatos estaduais, no nacional a gente foi para São Paulo e para finalizar tem o sul-americano ou o mundial, mas se você passar no nacional já vai direto para o mundial.

A viagem só em passagem para a Hungria foi R$8.400, mais a hospedagem que foi perto de R$1500 a R$2000 e mais o que a gente come lá, então chegou perto dos R$11.000. Com a vakinha a gente conseguiu cerca de R$5.000 reais. Eu bati de porta em porta, a gente foi nas lojas grandes pedir patrocínio, mas sempre com desculpas. Foram os meus amigos que conseguiram me dar muita ajuda, a prefeitura de Rio Negro também me ajudou na parte do nacional.

 

6. Qual a sensação de estar fora do Brasil, em um país desconhecido sendo campeão mundial?

O país em si, como eu conversei com vários atletas, não é um país muito receptivo. Eles não são que nem nós brasileiros, então essa parte da Hungria não foi muito boa, sem falar que a gente não conseguia se comunicar, porque eles não falavam nem inglês, foi bem complicado.

Compartilhe este conteúdo: