1. Quem é o Dr. Augusto?

Eu sempre falo que o Dr. Augusto, na verdade, é o Augusto. Eu nunca deixei de ser quem sempre fui e acho que esse é o meu diferencial para atuar da maneira que atuo. Eu tenho 28 anos, sou da Lapa, estudei em São Paulo, e faz mais ou menos um ano e meio que estou formado e estou atuando na área de medicina.

2. Como você faz para conciliar uma rotina tão intensa de trabalho com a tua vida pessoal?

É até um pouco difícil de responder isso, porque sei que fazer algo bem feito demanda tempo, e tem que abdicar de coisas grandes para conseguir outras coisas grandes, e infelizmente eu não consigo dar atenção para tudo aquilo que está ao meu redor.

Perdi meu pai recentemente, foi uma perda que me abalou bastante, e esse foi um momento um pouco mais conturbado da minha vida, porque tinha que trabalhar com a mesma carga horária habitual, tinha que estar com a minha família, e então nesse momento foi quando eu pensei “calma, agora eu vou ter que tentar me moldar novamente”.

3. Quais locais você atua hoje?

Hoje atuo no pré-hospitalar de Mafra e Jaraguá do Sul, acabo cobrindo escalas em Joinville e Canoinhas também, e de modo fixo, dentro do hospital mesmo, em Campo Alegre.

4. Qual procedimento é realizado quando você tem um paciente em estado grave?

A gente chega no local em que o paciente está, e temos protocolos associados a quais as primeiras medidas que a gente deve adotar. Independente se o paciente se apresenta com um estado grave ou não, o protocolo é o mesmo no início.

5. Qual o local que você mais gostou e mais gosta de atuar, e porquê?

O que ganhou o meu coração foi Rio Negrinho, foram 5 meses trabalhando lá, e atuava na parte de emergência e também era responsável pela parte da internação na retaguarda, então eu era responsável diretamente por todos os pacientes. Isso me ensinou muito, porque acabou criando um vínculo muito grande com a população, então o Dr. Augusto representou muito rápido o médico que as pessoas realmente gostavam.

Foi daí que veio a história do Instagram, tinha a dona Celina, que era uma paciente minha que começou a me estimular a tirar fotos para por no Facebook dela, e daí chegou uma hora que todo mundo queria tirar foto e começamos a amadurecer essa ideia para seguir nas redes sociais.

6. Qual o intuito de ser influencer nesta área?

Isso é um propósito de vida. A partir do momento em que usei a rede social como uma arma, aí ela se tornou essencial. O propósito que eu coloco em cima disso, é ter o poder de levar informação a pessoas que muitas vezes não vão ter o contato comigo no consultório, no hospital, então senti a necessidade de levar informação e o meu jeito de pensar em relação à medicina para mais pessoas.

7. Qual seria o teu sonho, tanto no pessoal quanto no profissional?

O que acontece é o seguinte: sempre digo que eu sonho diariamente e a minha vida é muito imprevisível pelo fato de que as maiores coisas que aconteceram para mim foram de forma súbita e rápida. Quando penso em sonho, penso em acordar no outro dia de manhã e poder fazer alguma coisa diferente do que fiz hoje para ser melhor.

Se eu fosse falar dos sonhos da minha vida até hoje, acho que os maiores já até realizei, que eram ajudar a minha família, ajudar o meu irmão a se formar, além de trabalhar na ambulância, que era o meu maior sonho profissional.