Todos os anos Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) de Rio Negro, em parceria com o CAPS de Mafra, realiza uma caminhada de conscientização para lembrar a população do Dia Nacional da Luta Antimanicomial, que é celebrado em 18 de maio.

A caminhada teve início às 14h na Rua Vicente Machado e seguiu até a Praça João Pessoa com o apoio das viaturas da Patrulha Patrimonial. Durante todo o trajeto o carro de som transmitiu a mensagem: “É necessário se espantar, se indignar e se contagiar. Só assim é possível mudar a realidade”.

O evento teve a participação da equipe e usuários do CAPS de Rio Negro e também de Mafra, familiares, simpatizantes da causa e representantes das secretarias municipais de Rio Negro, além da Câmara de Vereadores e de outras entidades que apoiam o movimento.

O prefeito de Rio Negro, Alessandro Cristian von Linsingen, participou da caminhada e durante o seu discurso na Praça João Pessoa enalteceu a importância deste e de outros eventos que valorizam a causa. “Hoje é um dia de conscientização, dia de estarmos privilegiando pessoas. Enquanto a gente privilegiar pessoas nós vamos ter um futuro muito bom em todas as áreas das nossas cidades. A proposta é estarmos mais perto de pessoas. Queremos o bem sem olhar a quem”, disse. O prefeito também agradeceu pela participação do CAPS de Mafra e de todas as pessoas que marcaram presença e entenderam a importância da ação.

A coordenadora do CAPS de Mafra, Adriana Moro, também destacou a importância do evento e a parceria para a realização da caminhada: “Ficamos muito felizes de mais um ano realizar essa caminhada junto com Rio Negro. O nosso cuidado tem que ser contínuo. Por isso é muito importante que as ações sejam feitas sempre pensando no bem comum da população em geral. As cidades podem se ajudar em várias áreas”. Na Praça João Pessoa os caminhantes também participaram de uma sessão de alongamentos organizada pelo CAPS Casa Azul de Mafra.

Esta ação é uma forma de garantir o espaço e os direitos daqueles que já foram tratados com preconceito. O movimento se caracteriza pela luta pelos direitos das pessoas
com sofrimento mental. Na Luta Antimanicomial o grande objetivo é conscientizar a sociedade sobre a importância de um tratamento humanizado para crianças, adolescentes e adultos que sofrem com problemas de saúde mental.

Dentro desta luta está o combate à ideia de que se deve isolar a pessoa com sofrimento mental em nome de pretensos tratamentos, ideia baseada apenas nos preconceitos que cercam a doença mental.

O movimento da Luta Antimanicomial também faz lembrar que como todo cidadão estas pessoas têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direto a receber cuidado e tratamento sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos.