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Alesc oficializa os nomes da comissão do impeachment
Deputados ligados ao governo manifestaram insatisfação com escolha dos nomes. Comissão ficou sem representantes do Executivo
Foto: Bruno Collaço/Agência AL
A Assembleia Legislativa de SC (Alesc) votou e aprovou nesta terça-feira (25) a indicação dos nomes dos nove parlamentares que irão compor a comissão do impeachment contra o governador Carlos Moisés da Silva, vice Daniela Reinehr, e secretário de Administração, Jorge Eduardo Tasca.
Os nomes foram aprovados por maioria. A decisão foi marcada pela desaprovação de um grupo de parlamentares. Coronel Mocellin (PSL), Marcius Machado (PL), Paulinha (PDT), Vicente Caropreso (PSDB), e José Milton Scheffer (PP) votaram contra. O placar foi 32 votos a favor, cinco contrários e uma abstenção - do presidente Julio Garcia (PSD).
A líder de governo, deputada Paulinha (PDT), pediu uma regulamentação para a eleição de representantes. "Nos faltou um processo eletivo nesta constituição primária, ainda que não esteja regido. [...] Eu gostaria muitíssimo de participar da comissão [...] me sindo pouco à vontade de aprovar a indicação que compõe esta comissão", disse.
Ela pediu para participar, mas não foi indicada. O PDT compõe o bloco PSD, PSDB, PDT e PSC e ficou de fora da escolha do líder do bloco, deputado Milton Hobus (PSD).
O deputado Vicente Caropreso (PSDB), que tem defendido o governo em alguns debates, também reclamou. "Eu não sei se tem que ser revista essa metodologia, mas de qualquer maneira não foi o espírito democrático que sempre imperou na Assembleia Legislativa", disse.
Segundo ele, quatro parlamentares do bloco manifestaram apoio à indicação de Paulinha, mas prevaleceu a escolha de Marcos Vieira (PSDB). O PSD já havia escolhido Ismael dos Santos. Com isso, o Executivo ficou alijado de apoio dentro da comissão.
Os nomes foram indicados pelos líderes e seguem a proporção do número de deputados em bancadas ou blocos parlamentares. O próximo passo é realizar a primeira reunião, convocada pelo deputado mais idoso - no caso, Moacir Sopelsa (MDB) - para escolha do presidente e do relator da comissão.
O calendário prevê que os deputados terão até cinco sessões para analisar o pedido realizado pelo defensor público Ralf Zimmer Júnior e a defesa dos envolvidos.
A defesa de Moisés, por exemplo, sinalizou que entregará o documento no limite do prazo, em 2 de setembro. Após a análise, um parecer será enviado ao plenário. Se forem mantidos os prazos, a análise pelos 40 deputados ocorrerá na terceira semana de setembro.
Os nomes:
Luiz Fernando Vampiro (MDB) - MDB
Moacir Sopelsa (MDB) - MDB
Ismael dos Santos (PSD) - Bloco PSD, PSDB, PDT e PSC
Marcos Vieira (PSDB) - Bloco PSD, PSDB, PDT e PSC
João Amin (Progressistas) - Bloco Progressistas, PSB e Republicanos
Sergio Motta (Republicanos) - Bloco Progressistas, PSB e Republicanos
Jessé Lopes (PSL) - PSL
Fabiano da Luz (PT) - PT
Maurício Eskudlark (PL) - PL