Como a principal recomendação da OMS é o isolamento social, o que nos faz ficar mais tempo em casa, daremos dicas do uso do espaço que ajudam a diminuir o risco de contágio e transmissão dessa doença. O comportamento e a maneira de uso dos espaços estão diretamente ligados à arquitetura e a maneira de projetar esses espaços.

1 - GENKAN – Solução vinda do Japão:
Não entrar de sapatos em casa, calçando chinelos/pantufas em seu lugar. Esse momento de troca de sapatos acontece no hall de entrada que se chama “genkan”. Em muitos projetos já prevemos um espaço para essa troca (como apoio para se sentar, espaço para ficar o calçado sujo e outro para o limpo...) mas nem sempre temos um hall de entrada propício, então uma boa prática é retirar os sapatos e leva-los sempre nas mãos até seu lugar de destino (geralmente sendo a área de serviço). Logo em seguida, lavar as mãos.

Um dos principais motivos desse hábito é evitar trazer sujeiras da rua para sua casa. Esse gesto, por si, reduz em até 85% a quantidade de poeira, sujeiras e toxinas que entra em casa todos os dias.

Outra dica é passar a guardar os sapatos em uma sapateira na área de serviço, por exemplo.

2 - Álcool em gel logo na entrada de casa:
Dica simples, mas eficaz é deixar um recipiente de álcool em gel o mais próximo da porta de entrada. Você pode montar uma bandeja decorativa com esse recipiente e ter uma caixinha com guardanapos de papéis para que possa passar também na maçaneta da porta.

Isso facilita o hábito de desinfetar as mãos logo que chegamos da rua ou recebemos algum pedido, evitando levar contaminação para outros ambientes.

3- Ventilação Natural

Ambientes fechados com ar estagnado são os mais propícios à proliferação do vírus. 

Induzir a circulação do ar, através da ventilação cruzada, renova o ar do ambiente naturalmente, sendo o remédio mais eficaz contra a estagnação. Ou seja, procure abrir portas e todas as janelas para que o ar circule.

O ar condicionado, apesar de gerar um conforto, pode ser um grande vilão desse processo pois passa uma sensação de ar fresquinho mas pode estar escondendo um ar viciado e contaminado. Grande parte desses equipamentos trabalham com recirculação do ar do próprio ambiente. Vocês podem imaginar a quantidade de elementos contaminantes nesse local?

A dica, então, é usar sempre a ventilação natural. Evite lugares com climatização artificial. Em casa, tente fazer suas refeições em lugares abertos, próximos de janelas ou em sacadas.

4 - Iluminação Natural
A importância aqui, principalmente da luz natural, não é a de combater os agentes biológicos. Mas de melhorar nosso astral.

Ambientes com presença de luz natural tem a capacidade de mantar nosso astral mais elevado.

A depressão e tristeza gostam de ambientes escuros e das sombras. E esses estados de ânimo costumam baixar nossa imunidade, o que torna nosso organismo menos resistente a doenças.

Sendo assim, abram cortinas e deixem a luz do sol entrar. A claridade adequada, principalmente de fonte natural, é um elemento importante para nos apoiar.

5 - Ambientes Úmidos
Evitar ao máximo ambientes úmidos e mofados. Eles fazem com que o vírus sobreviva por mais tempo. Além disso, o mofo ataca diretamente o sistema respiratório, baixando a resistência.

Ou seja, como já mencionados a iluminação e ventilação natural e claro eliminar infiltrações ajudam a diminuir umidade e mofo.

Autora

Tuísa Gabriela Ratochinski é arquiteta e urbanista formada pela Universidade Positivo, em Curitiba. É especialista em Projetos de interiores e Lighting Design. Atualmente, é diretora da Tuísa Gabriela Ratochinski - Arquitetura com escritório localizado em Mafra-SC. Principal atuação é em projetos arquitetônicos e de interiores residenciais, comerciais e coorporativos. Sócia da Kiune que engloba design, moda e arquitetura.

Instagram: @tuisa.arq

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