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Confira a entrevista com Danielli Molon para o Dia do Esportista
Data de Publicação: 25 de fevereiro de 2022 15:09:00 A entrevistada desta semana é Danielli Molon, instrutora particular, atleta da Alouatta Fit e atleta elite Master 35+
1. Então Dani, com quantos anos você começou na carreira de atleta?
Danielli: Eu comecei com 11 anos, no voleibol. Eu jogava voleibol de quadra e de areia. Comecei bem cedo. E depois do voleibol eu entrei como atleta de atletismo, participei de várias competição de corrida de rua, e depois que eu entrei no crossfit.
2. Faz quanto tempo que você está na área do crossfit?
Danielli: Faz de 6 a 7 anos que eu sou atleta de Cross.
3. E quanto tempo faz que você está se dedicando mais às competições? Você entrou como uma simples modalidade ou você já entrou querendo competir nessa área?
Danielli: Quando eu entrei no Crossfit, há sete anos atrás, eu procurei por um esporte mesmo, porque eu sou bem competitiva, gosto de competir. E eu queria sair da corrida, porque eu acabei tendo uma lesão no quadril e a corrida não ia me ajudar.
Então comecei no Crossfit, por trabalhar como personal em um local que tinha um box. Aí depois de uns 3 anos eu saí do Cross e entrei numa competição de kettlebell. Trouxe vários títulos para Mafra como atleta de kettlebell e depois disso eu voltei a treinar Cross. No Cross eu peguei planilhas, e venho a 3 anos treinando especificamente para campeonatos importantes. Treino para TCB, para o Open e para campeonatos da nossa região e de outros estados, como São Paulo, Minas.
4. Qual modalidade você compete no Crossfit?
Danielli: O Crossfit tem várias categorias, quando se trata de competição pequenas temos as categorias inicias: o scaled, que é pra iniciante. As minhas principais competições só tem RX. Que são divididas em teens, elite, Master 35+master 40+. A categoria que eu estou é a categoria elite, e a Master 35+
5. Como personal você atende pessoas de diversas idades? Com alguma limitação? Como você divide o teu trabalho?
Danielli: Eu trabalho com pessoas de várias idades, de 20 anos pra cima, não consigo trabalhar com adolescentes ainda. Não estudei e não me especifiquei em adolescentes e crianças, então só com pessoas acima de 20 anos.
Trabalho muito com alunos com lesão de coluna, com hérnia de disco, com desvios, protusão, hiperlordose, desgastes. Lesão de ombro, lesão de quadril. Já trabalhei com cadeirantes
6. Em relação às pessoas que tem alguma dificuldade nos exercícios, você consegue atendê-las em casa ou é só dentro de uma área específica de academia?
Danielli: Eu atendo muitos clientes a domicilio, ou na academia que eles quiserem. Se o cliente tem problema em locomoção vou aí seu domicílio
7. Como que você consegue encaixar a sua rotina diária dentro do esporte?
Danielli: Assim como meus alunos falam, eu sou muito perfeccionista. Eu tenho horário pra tudo. Tenho meus horários de aula, meus horários de treino, de alimentação, de tudo, bem certinho. Eu dou 6 aulas de manhã, são 6 horas de aula e mesmo assim eu consigo treinar. Vou lá e faço meu treino, aí eu volto pra casa, almoço, e volto a trabalhar as 14 horas. As vezes quando falta aluno eu já vou treinar, treino, tomo banho rapidinho e já volto a atender e trabalho até as 21 ou 22 horas da noite.
É bem puxado, mas como eu sou atleta, como eu gosto disso, eu consigo organizar direitinho.
8. Você faz toda a sua projeção da parte da alimentação?
Danielli: Eu tenho minha nutricionista em Curitiba, na parte Low Carb. Eu tenho um pico de glicose alto, então a minha glicose é alta, mas eu não sou diabética. Então eu não como muito carboidrato, a minha dieta é rica em proteína. Os lanches da tarde normalmente são ovos, ou whey, ou um franguinho desfiado com couve, coisas práticas pra levar. São sete refeições diárias.
9. E você participou de um campeonato recentemente, conta pra nós como que foi e como foi a preparação?
Danielli: A preparação foi bem intensa, o Renan que montou minha preparação, a gente tem uma planilha dos melhores atletas do mundo, o Renan estudou vários artigos ele montou uma preparação diferente. Foram 15 dias específicos para a competição. Foi uma semana de desgaste muito grande, em que eu chegava em um overtraining quase todos os dias. Eu só queria trabalhar, comer e dormir. Teve uma semana durante o treino que eu não queria treinar, eu tinha câimbras durante o treino. Pra quem acha que a vida do atleta é fácil, não é fácil. Daí teve um dia de recuperação, eu voltei já animada para os treinos e no penúltimo dia antes da competição, a gente só fez corrida pra soltar. Foram 5 km pra soltar o corpo, liberar o ácido lático. Na sexta-feira eu não treinei e no sábado eu entrei para competir.
Na primeira prova eu estava super nervosa, porque é uma categoria que eu ainda não estava acostumada e foi super legal. O campeonato foi super bem organizado, foi realizado no Paraná, mas tinham atletas de Santa Catarina, do Rio Grande, atletas de vários locais.
E na competição,a preparação foi tão boa que eu sobrei. De 5 provas, eu fiquei em 1º lugar em quatro e em uma prova eu fiquei em 2º lugar.
10. Para as próximas competições que estão vindo, o título é praticamente certeza?
Danielli: Semana que vem a gente vai começar com o Open, que é o campeonato mundial. Ele é dividido em várias etapas. Começa semana que vem com uma etapa que o mundo inteiro faz e só classifica 10% de cada região. Desses 10% vai pras quartas de finais que no ano passado, só eu e o Renan conseguimos passar, aqui da nossa região e depois dessas quartas de finais a gente vai pra semifinal e o mundial que é no Estados Unidos. Esse é um passo bem grande pra Mafra.
11. Mas se for parar para analisar, você trouxe o primeiro título de Crossfit, já que Mafra ainda não tinha nenhum título, certo?
Danielli: Na categoria que eu estou e em 1º lugar a gente nunca trouxe.
12. E em todo trabalho que você tem, chega uma hora que precisa ter um retorno de recompensa, certo?
Danielli: Foi até por isso que a gente foi procurar planilhas fora. Quando eu comecei, eu procurei o Chiquinho, ele é tetracampeão brasileiro de Crossfit. E depois disso a gente foi procurar uma planilha melhor ainda, que foi essa que a gente conseguiu, que é do Rich Froning, para quem conhece ele é o melhor atleta do mundo.