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Coronavírus: Diário Entrevista conversa com farmacêutica para responder as principais dúvidas. Confira!
Por: Carla Taíssa
O avanço da pandemia do novo Coronavírus e o isolamento social têm despertado uma série de dúvidas, principalmente sobre como evitar contagio. Para sanar alguns questionamentos sobre esse vírus, o Diário conversa hoje com Gabriela Ferreira, farmacêutica, pesquisadora, professora, doutora em Ciências da Saúde, pós-doutora em Engenharia e Ciência dos Materiais e em Farmacologia e coordenadora do curso de Biomedicina da UniSociesc de São Bento do Sul/SC. Confira!
- Quais as diferenças entre o coronavírus e a gripe comum?
O novo coronavírus tem sintomas semelhantes ao resfriado e gripe. Por isso, muitas vezes pacientes podem se confundir em relação à sua condição, o que pode gerar problemas, minimizando um cuidado necessário à prevenção contra a pandemia.
Sendo assim, para esclarecer as diferenças, o Ministério da Saúde elaborou uma tabela de divulgação explicando as diferenças entre o covid-19, resfriado e gripe, e como os sintomas de manifestam.
No caso de febre, por exemplo, a ocorrência dela é comum em casos de covid-19 e de gripe, mas rara em resfriados. Os espirros são comuns em resfriados, mas raros tanto em gripes como covid-19. O nariz entupido aparece frequentemente em resfriados, às vezes em gripes e, raramente, em casos do novo coronavírus. A dor de cabeça é rara em resfriados, comum em gripes e pode surgir em infecções pelo novo coronavírus.
Segue abaixo a tabela elaborada pelo Ministério da Saúde com os sintomas característicos do novo coronavírus, resfriado e gripe.
- Quais os principais grupos de risco?
De acordo com o Ministério da Saúde os principais grupos de risco são pessoas acima dos 60 anos e aquelas com doenças crônicas, como diabetes e doenças cardiovasculares. Esse público não deve viajar nem frequentar cinemas, shopping, shows e outros locais com aglomerações.
- Vacinas e medicamentos para a Covid-19 ainda estão em estudo, então como é o tratamento para quem está com a doença?
Não existe tratamento específico para infecções causadas pelo novo coronavírus. Neste caso é indicado repouso e consumo de bastante água, além de algumas medidas adotadas para aliviar os sintomas, conforme cada caso, como, por exemplo: uso de medicamento para dor e febre (antitérmicos e analgésicos) e uso de umidificador no quarto ou tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garanta e tosse. Assim que os primeiros sintomas surgirem, é fundamental procurar ajuda médica imediata para confirmar diagnóstico e iniciar o tratamento.
- Quais as melhores medidas para prevenção?
O Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de contrair ou transmitir infecções respiratórias agudas, incluindo o novo coronavírus. Entre as medidas estão:
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabonete por pelo menos 20 segundos, respeitando os 5 momentos de higienização. Se não houver água e sabonete, usar um desinfetante para as mãos à base de álcool.
- Evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
- Evitar contato próximo com pessoas doentes.
- Ficar em casa quando estiver doente.
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
- Limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.
Profissionais de saúde devem utilizar medidas de precaução padrão, de contato e de gotículas (máscara cirúrgica, luvas, avental não estéril e óculos de proteção).
- Como deve ser a higienização correta das mãos e de objetos de uso frequente?
A higienização das mãos é eficiente na prevenção e controle de doenças e ela deve abranger todas as partes. Para facilitar, segue o passo a passo para a higienização das mãos de forma correta.
- Abra a torneira e molhe as mãos evitando encostar na pia.
- Aplique nas palmas da mão quantidade suficiente de sabonete líquido para cobrir todas as superfícies das mãos.
- Ensaboe as palmas das mãos friccionando-as entre si.
- Esfregue a palma da mão direita contra o dorso da mão esquerda (e vice-versa) entrelaçando os dedos.
- Entrelace os dedos e friccione os espaços interdigitais.
- Esfregue o dorso dos dedos de uma mão com a palma da mão oposta (e vice-versa), segurando os dedos no momento de vai e vem.
- Esfregue o polegar direito, com o auxílio da mão esquerda (e vice-versa), utilizando movimento circular.
- Friccione as polpas digitais e unhas da mão esquerda contra a palma da mão direita, fechada em concha (e vice-versa), fazendo movimento circular.
- Esfregue o punho esquerdo, com o auxílio da palma da mão direita (e vice-versa), utilizado movimento circular.
- Enxague as mãos, retirando os resíduos de sabonete. Evite contato direto das mãos ensaboadas com a torneira. Toalha de tecido podem ser usadas se você for a única pessoa a utilizá-la, mas ainda assim, lave-a a cada dois ou três dias.
Se não houver como lavar as mãos, use álcool gel 70% e siga as mesmas orientações.
Ainda não se sabe quanto tempo o novo coronavírus sobrevive no ambiente, mas evidências sugerem que esse período pode chegar a dias. Ou seja, superfícies certamente são uma forma de propagação. Sendo assim, limpe e desinfete locais e objetos da casa que são tocados com frequência, como mesas, interruptores, celulares, controles remotos, registros de torneiras, maçanetas e puxadores.
Para limpar, um pano úmido com água e sabão ou detergente é suficiente. Ao limpar eletrônicos, tenha cuidado para não deixar o pano úmido demais. Para desinfetar, use álcool a pelo menos 70% ou faça uma solução de quatro colheres de chá (20 mL) de água sanitária por litro de água. Se não utilizar luvas, lembre-se de lavar as próprias mãos após higienizar superfícies e objetos.
- Qual dica você gostaria de deixar para nossos leitores?
Motivado pela pandemia do coronavírus, o isolamento social tem feito parte do nosso cotidiano. Esse período de autoexílio, no entanto, já tem nos despertado sentimentos negativos, como ansiedade e solidão. Com isso, definitivamente, todos nós estamos precisando de um pouco de esperança e palavras de conforto em nossas vidas. Então pratique o autocuidado, sendo um deles relacionado às informações divulgadas sobre o novo coronavírus. Certifique-se que a notícia que você está lendo realmente é verdadeira. E, acesse informações sérias uma ou, no máximo duas vezes ao dia, pois a exposição constante a notícias ruins é altamente tóxico.