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Coronavírus: primeiro caso é confirmado no Brasil. O que fazer agora?
O primeiro caso do novo coronavírus (covid-19) no Brasil foi confirmado em São Paulo. É um homem de 61 anos que voltou de uma viagem na Itália, onde há um aumento expressivo de casos da doença. E agora, o que as autoridades devem fazer para evitar a disseminação dessa infecção originária da China? E você, como fazer para se prevenir?
O que você deve fazer para se prevenir do novo corona vírus
Mesmo com a confirmação do primeiro caso no Brasil, nesse primeiro momento não é preciso aderir a estratégias mais extremas, como andar de máscara por aí ou não sair na rua. Basta seguir as recomendações básicas de prevenção de doenças respiratórias. São elas:
- Lavar as mãos frequentemente
- Usar lenço descartável para higiene nasal
- Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- Evitar tocar os próprios olhos, nariz e boca
- Manter os ambientes bem ventilados
- Não manter contato próximo com pessoas que apresentem sinais do covid-19 ou tenham infecções respiratórias agudas
- Não compartilhar objetos como talheres, pratos, copos ou garrafas
O que o país está fazendo para evitar a disseminação da doença
O primeiro passo já foi adiantado pelo Ministério da Saúde no dia 3 de fevereiro, data em que se decretou estado de emergência em saúde pública no país. Isso serviu para antecipar estratégias de contenção do problema, que traz sintomas como falta de ar, tosse e desconforto no peito.
“Com isso, o Ministério da Saúde fica autorizado a adotar medidas como a contratação emergencial de especialistas e acionar uma espécie de força-tarefa do SUS, formada por profissionais de saúde e voluntários que atuam em situação de crise”, comenta o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia. Compras de materiais de proteção e de outros insumos necessários também se tornam mais ágeis nesse contexto.
No mais, o ministério e os estados criaram planos de contingência para lidar com o desembarque do novo coronavírus em diferentes pontos do país. Basicamente, eles falam sobre a estrutura de atendimento, a triagem de pessoas, a separação e o isolamento de leitos específicos para a enfermidade, o sistema de notificação de casos e as orientações para profissionais de saúde.
Apesar da confirmação do primeiro caso, é com a transmissão sustentada que o nível de preocupação deve mudar consideravelmente. Mas o que é transmissão sustentada? Em resumo, é quando uma doença começa a passar de um brasileiro para outro em ritmo frequente e dentro do território nacional (ou de uma região dele).
Se isso ocorrer, o serviço de saúde pública vai precisar ser reordenado — ancorado nos planos de contingência — para lidar com o aumento no número de internações pela doença.
Além disso, é possível que os critérios de suspeita e confirmação do diagnóstico mudem. Atualmente, só se consideram casos suspeitos no Brasil aqueles em que o paciente manifesta sintomas em até 14 dias após voltar de algum local com alta disseminação do vírus. De acordo com o Ministério da Saúde, os países que se encaixam nesse quesito até o momento são:
- China
- Japão
- Coreia do Sul
- Coreia do Norte
- Singapura
- Vietnã
- Tailândia
- Camboja
- Alemanha
- Austrália
- Emirados Árabes
- Filipinas
- França
- Irã
- Itália
- Malásia
Indivíduos com sinais da doença que tiveram contato com um episódio suspeito ou confirmado também devem ser examinados.
É só se crava o diagnóstico após testes de sangue descartarem outras infecções respiratórias e detectarem a presença do novo coronavírus no corpo.
Agora, se o covid-19 se espalhar pelo país, os critérios para suspeitar da infecção devem se tornar mais amplos. Provavelmente, toda pessoa que visitar uma região do Brasil com surto e manifestar sintomas na sequência será avaliada. Em um cenário mais pessimista — de epidemia nacional —, qualquer habitante com tosse, febre e outras sinais típicos da enfermidade seria examinado.
Fonte: Revista Saúde