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Da segurança à evolução tecnológica: Dr. Denis Griep Carvalho aborda os desafios da especialidade no Dia do Anestesiologista
Data de Publicação: 18 de outubro de 2024 16:19:00
A anestesiologia é uma especialidade fundamental para a atuação médica. Esse profissional é responsável por gerenciar não apenas a anestesia em si, mas também o estado clínico do paciente ao longo de todo o procedimento cirúrgico, garantindo que não sinta dor e monitorando suas funções vitais.
São mais de 25 mil anestesiologistas no Brasil, segundo dados do Conselho Federal de Medicina. A especialidade está entre as cinco com maior número de profissionais no país.
A complexidade da anestesiologia envolve o domínio de diversas técnicas anestésicas, como anestesia geral, regional e local, além do uso de medicamentos específicos que induzem o relaxamento muscular, a perda de consciência e a insensibilidade à dor.
Em comemoração ao Dia do Anestesiologista, celebrado no dia 16 de outubro, o Diário Entrevista conversa com o Dr. Denis Griep Carvalho sobre suas escolhas profissionais e a responsabilidade da função do anestesiologista na medicina.
O que o levou a escolher a anestesiologia como especialidade médica?
Escolhi anestesia pois me maravilhei com a possibilidade de, com a ajuda de medicamentos e a monitoração adequada, conseguir abolir a dor e outros reflexos do paciente, para tornar possível uma cirurgia. A especialidade permite que o procedimento seja feito e após o paciente pode acordar, ir para casa, com o seu problema cirúrgico resolvido.
Quais são as principais responsabilidades de um anestesista durante uma cirurgia?
O anestesiologista deve prestar ao paciente um atendimento de qualidade e individualizado. Para isso, é preciso avaliar o paciente antes da realização da cirurgia e impedir que ele sinta dor. Outra responsabilidade é zelar pela integridade do nosso paciente.
Como é garantida a segurança do paciente no procedimento?
Garantimos a segurança quando avaliamos o paciente antes da cirurgia na consulta pré-anestésica. Nesse momento vamos conhecê-lo, revisar os seus exames pré-operatórios e possíveis medicações em uso que possam interferir na anestesia. Nessa oportunidade, explicamos o tipo de anestesia que vamos executar e obtemos a concordância do paciente após explanação dos possíveis riscos anestésicos. Já durante a cirurgia, usamos monitorização de pressão, oxigenação do sangue, eletrocardiograma contínuo e nível de profundidade da anestesia. Mas o que garante principalmente a segurança é a observação direta do paciente e da cirurgia o tempo todo.
Quais são os principais mitos que envolvem seu trabalho?
Os principais medos dos pacientes são: não acordar no fim da cirurgia, acordar durante o procedimento e sentir dor. Durante a consulta pré-anestésica todos esses mitos são desfeitos. O paciente pode ficar confiante de que isso não irá acontecer.
Como você percebe a evolução da anestesiologia ao longo da sua carreira? Quais são suas expectativas para o futuro da especialidade?
A anestesia vem evoluindo, como em todas as áreas da medicina. Podemos mencionar o desenvolvimento de anestésicos mais potentes e de curta duração, que permitem que o paciente acorde mais rápido e sem efeitos colaterais permitindo alta mais precoce do hospital. Equipamentos de monitorização mais sensíveis que nos fornecem dados mais rápidos e mais confiáveis dos pacientes. O uso de ultrassom para guiar a execução de bloqueios regionais, diminuindo o volume de anestésicos locais também foi um progresso muito importante nos últimos anos. Enfim, a cada avanço na área cirúrgica, a especialidade da anestesiologia procura a melhor forma de tornar esses procedimentos mais efetivos e seguros.
Onde você atua e qual a dica que você daria ao profissional que busca essa especialização?
Atuo em todas as áreas cirúrgicas como: ginecologia e obstetrícia, ortopedia, cirurgia geral, cirurgia plástica, cirurgia pediátrica, urologia, otorrinolaringologia. Aos aspirantes nesta especialidade, aconselho que estudem e tenham empatia por seus pacientes, que confiam no seu cuidado.