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Depressão na terceira idade
A Depressão no idoso é um problema sério e mais comum do que muitos pensam
É uma doença que acaba sendo mascarada, na maioria das vezes, visto que conforme vamos envelhecendo nosso corpo vai mudando, assim como a nossa mente, nosso jeito e nossas vontades.
Mudanças como falta de vontade, de ânimo, perda de memória e tristeza muitas vezes são consideradas normais da idade, mas podem ser indícios de depressão. Emoções positivas, otimismo e alegria podem sim nos acompanhar ao longo da vida. Velhice não é sinônimo de tristeza e pessimismo.
Neste período de pandemia e isolamento social, a depressão em idosos teve um aumento considerável. A perda da vida social, das atividades rotineiras, do contato com a família e falta de perspectiva para um fim deste isolamento foram fatores que contribuíram altamente para isso. Além de fatores ambientais, inerentes ao envelhecimento, a depressão em idosos pode se manifestar a partir de problemas relacionados à terceira idade como o afastamento da família, a perda do papel social com a aposentadoria, falecimento do cônjuge e solidão.
Limitações físicas e fatores clínicos como AVC, infarto e doenças cardiovasculares também podem contribuir para o desenvolvimento de um quadro de depressão.
É importante saber que os sinais de depressão são diferentes nos idosos! Eles podem não relatar tristeza nem desânimo, dando sinais mais claros de ansiedade, queixas somáticas (dores e incômodos no corpo), falta de apetite e insônia, além de mostrarem-se mais pessimistas.
Tenham atenção redobrada nessa fase! Em um primeiro momento, pode não haver manifestação de sintomas depressivos mais clássicos, como crises de choro e apatia muito evidentes! Aliado a isso, a família tende a normalizar a tristeza e o isolamento do idoso, acreditando ser "normal" para a fase. Depressão não é normal nunca, em nenhuma fase do desenvolvimento humano!
Na dúvida, procure avaliação médica!
Autor
Dr Enio Coimbra - Médico da área da saúde mental - CRM - PR 40458, CRM - SC 26546, CRM - SP 206681, atua no Instituto do pensamento em Curitiba, Clínica amor saúde em Joinville, Unidade de saúde do Bela Vista do Sul em Mafra e em atendimentos de saúde mental domiciliar em Mafra e região.