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Dia do Arquiteto: um trabalho que pode mudar a qualidade de vida das pessoas

Dia do Arquiteto: um trabalho que pode mudar a qualidade de vida das pessoas

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Por Carla Taíssa

Neste domingo (15) se comemora o Dia Nacional do Arquiteto e Urbanista, data escolhida para homenagear Oscar Niemeyer, que nasceu nesse dia. Assim como as inesquecíveis curvas de Niemeyer, as obras de muitos profissionais marcam a vida pessoal, profissional ou até mudam a qualidade de vida de uma cidade. São projetos como os da jovem arquiteta Tuísa Gabriela Ratochinski, formada pela Universidade Positivo e pós-graduada em Arquitetura de Interiores e Lighting Design. Ela já atuou dois anos na Prefeitura Municipal de Campo do Tenente e agora trabalha com escritório próprio em Mafra. Acompanhe a entrevista em que a jovem comenta sobre a prática profissional e como o trabalho de um arquiteto e urbanista pode fazer diferença na vida das pessoas:

 

  1. O que te motivou a ingressar nesta área? Qual seu campo de maior atuação hoje em dia?

Sempre gostei de desenhar, pintar e de artes em geral. Mas, eu também gostava muito da parte de obras, arquitetônico, e achava interessante a parte de revitalização de cidades. E isso desse pequena, então não foi uma escolha difícil. Agora, depois de formada, estou realizada na profissão. Tenho trabalhado bastante com projetos de interiores, luminotécnico e paisagismo.

  1. Como você avalia a situação das profissionais da área atualmente?

Eu sou muito otimista e vejo mercado amplo para a profissão. Porém, aqui em Riomafra percebo que ainda falta um entendimento correto do que o arquiteto pode ou não fazer. A atuação é ampla, além de projeto arquitetônico também podemos fazer acompanhamento de obra, design de interiores, iluminação, assessoria, paisagismo, planejamento de eventos, consultoria, estamos nas prefeituras, podemos fazer plano diretor de uma cidade, etc.

Ainda sobre esse assunto, tem outras questões que você gostaria que mudassem?

Outro ponto importante é que ainda existe preconceito de que arquitetura é algo caro e inacessível. E é justamente o contrário, o projeto te ajuda a economizar na obra como um todo. Em centros maiores ninguém abre um café ou loja sem pegar um arquiteto, até para definir um estilo. Principalmente na área comercial, merchandising, a montar o negócio, etc. Também pode ser só consultoria para tirar dúvidas e muitas pessoas não sabem disso. Estamos tentando mudar isso com o Núcleo de Arquitetos de Riomafra, da Associação Empresarial de Mafra.

  1. Como você vê a questão da acessibilidade? O arquiteto tem papel fundamental neste ponto...

Apesar do nosso contexto, hoje eu vejo que melhorou muito. Existem leis que exigem adaptação na arquitetura e na circulação para atender acessibilidade para projetos novos. O grande problema são as obras já consolidadas, é difícil mudar o que já é mais antigo nas cidades. Porém torço para que esse cenário mude e as pessoas tenham mais consciência.

  1. Qual projeto você considera o mais marcante na sua vida? Por quê?

Eu gosto de todos em geral, amo a minha profissão, mas alguns em especial tenho um xodó. Fiz uma praça enquanto trabalhava em Campo do Tenente, logo depois de me formar, então me marcou por ser o primeiro e saber que é um espaço acessível e muito usado pelas pessoas. Também me marcou a primeira casa que eu projetei quando abri o escritório, foi minha porta de entrada aqui. E, por fim, recentemente participei da mostra “Morar Mais Por Menos” em Curitiba, foi uma experiência muito enriquecedora.

  1. Quais são seus planos para o futuro?

Estou abrindo uma empresa com uma sócia em Curitiba, a Kiune, onde exploramos muito a sustentabilidade, o design biofílico, versátil e mais acessível economicamente. Um mobiliário ou produto que possa ser usado de várias maneiras e assim evitar excesso de descarte.

  1. Qual mensagem gostaria de deixar para as estudantes de Arquitetura e Urbanismo ou para quem tem interesse em atuar na área?

Que é uma área muito boa de se trabalhar, muito ampla, mas acima de tudo que as pessoas escolham aquilo que realmente amem. E não desistam de um curso por não ter habilidades específicas, isso se aprende com técnica. Então quem gosta de desenho, arte, de criar, de pensar num diferencial de ajudar as pessoas vale a pena, é uma profissão que tem o poder de mudar a qualidade de vida das pessoas.

  1. E qual seu recado para os leitores do Diário de Riomafra?

Que se sintam convidados a conhecer mais sobre a profissão. Temos vários escritórios super capacitados aqui na região, seja para projetos pessoais, negócios, eventos, e todas as áreas que comentamos na entrevista. É muito importante o auxílio do arquiteto. E deixo o escritório a disposição para ajudar quem tiver mais dúvidas.

 

Tuísa Gabriela Ratochinski

(41) 99872-9658

@tuisa.arq 

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