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Diretora técnica do HSVP de Mafra esclarece sua fala em vídeo vazado nesta semana

Diretora técnica do HSVP de Mafra esclarece sua fala em vídeo vazado nesta semana

No vídeo a diretora técnica fala sobre possíveis medidas a serem tomadas devido ao alto número de casos de covid-19 que estão surgindo. Porém sua fala naquele momento seria somente para a diretoria do hospital, e após tudo acordado seria informado a população

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Nesta semana um vídeo circula pelas redes sociais em que a diretora técnica do HSVP (Hospital São Vicente de Paulo) de Mafra, Dra. Glaucia Braga Reitmeyer fala aos diretores do hospital sobre algumas medidas que poderiam ser tomadas devido ao cenário atual em que vimemos com a doença no município, “os casos de covid na nossa cidade não param de aumentar e nós já estamos com mais de 800 casos ativos e o que está acontecendo é que nosso serviço de emergência está absolutamente completo, não temos mais vagas para atender nenhum paciente e isso já está ocorrendo desde o final de semana”, disse a diretora técnica no vídeo.

No vídeo ela ainda explica que “a única coisa que podemos fazer para diminuir o acesso de pacientes do nosso serviço de urgência e emergência é fecharmos a nossa porta de consultas de convênios particulares”. O motivo é porque “a única porta que pode ser fechada pelo menos temporariamente até que consiga sair desta situação de super lotação seria então estas consultas de convênios particulares”. Pois “a grande dificuldade é receber estes pacientes de convenio no nosso serviço de emergência, precisar internar e não ter vaga e não conseguir vagas em outros hospitais, e não conseguir coloca-los no sistema do SISREG (Sistema Nacional de Regulação) por não ser pelo SUS (Sistema Nacional de Saúde)”, explica dra. Glaucia no vídeo.

A sua fala que naquele momento seria somente a diretoria, gerou grande polêmica e pânico na população. Por isso nossa redação entrou em contato com a diretora técnica para esclarecimentos sobre o ocorrido. Conforme o fluxograma cedido pela diretora, a decisão da medida de fechar as portas para consultas não seria tomada de imediato estava sendo analisada por toda a diretoria do hospital, ou seja, no segundo passo do fluxograma. Veja as informações do fluxograma abaixo:

Passo 1: explicar e receber o consentimento do presidente;

Passo 2:  Explicar e receber o consentimento da diretoria;

Passo 3: Informar convênios;

Passo 4: Informar secretário da Saúde de Mafra;

Passo 5: Ampla divulgação pela assessoria de imprensa;

Passo 6: Fechar temporariamente o atendimento das consultas no SUE;

Passo 7: Contínuo acompanhamento;

Passo: Reabrir o atendimento.

Em esclarecimento, dra. Glaucia diz que a medida era com o objetivo de priorizar o serviço de urgência e emergência, que está lotado e ficando com dificuldades no atendimento devido ao alto número de casos de covid-19 que vem surgindo na região. A ideia foi “fechar as consultas que estavam acontecendo e que esses pacientes poderiam ser atendidos em outros locais e deslocar esse profissional das consultas para ajudar na emergência”. Segundo ela a decisão iria ser explicada para a população.

De acordo com a diretora técnica a saúde pública precisou que o hospital abrisse mais 14 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), porém os internamentos só podem ser feitos se o paciente for encaminhado exclusivamente pelo SUS (Sistema Único de Saúde) “a verba veio toda do governo, e conseguimos equipar esses 14 leitos de UTI exclusivamente para o SUS e por lei esses leitos não podem ser ocupados por convênios ou particulares. Por isso esses pacientes por convênio devem procurar o devido plano de saúde e se precisar de internamento serão encaminhados para os hospitais em que o convênio oferece, o nosso aqui foi montado pelo governo e é exclusivamente SUS”, explicou dr. Gláucia.

A diretora pediu à população que “Confiem em nós. Estamos tão preocupados, ou até mais, que vocês, pois estamos vivendo isso 24h por dia há 14 meses. Consultórios existem vários na cidade, mas serviço de urgência e emergência só existe aqui, é isso que queremos priorizar”, relatou.

As consultas ainda estão funcionando normal e qualquer atualização será informado a população.

Assista a entrevista completa abaixo: 

 

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