Ao navegar neste site, você aceita os cookies que usamos para melhorar sua experiência. Política de Privacidade do jornal Diário de RioMafra
Em meio ao isolamento, Dia Mundial do Autismo é comemorado com paciência, união e superação
Por Carla Taíssa
Em meio à crise que a sociedade vive para o controle da disseminação do novo cornavírus, o Dia Mundial do Autismo, comemorado na última quinta-feira (2), foi uma data ainda mais importante. Só quem possui um autista em casa sabe das dificuldades durante um isolamento social. Paciência e amor são as palavras-chave das famílias que buscam, de todas as formas, fazer da quarentena um período leve, sem traumas.
E para saber mais, o Diário Entrevista de hoje conversa com Patrícia Boller, 34 anos, mãe do Rodrigo Eduardo de 8 anos, para saber os desafios e as vitórias que a família tem em sua trajetória. Confira:
1 - Como foi a descoberta de um filho autista? Qual foi sua maior preocupação quando soube?
Quando ele tinha 2 anos e meio, estava na fase do desfralde, foi observado que ele apresentava algumas características atípicas ao desenvolvimento das crianças nesta fase, ele não conseguia se comunicar e sua expressão eram através de mordidas, beliscões, empurrões e inquietação. Aos 3 anos, depois de várias avaliações com profissionais na área de psicopedagogia, fonoaudiologia e neuropediatria. Fechando o laudo eu ele se enquadrava ao TEA (Transtorno do Espectro Autista). Começou a falar aos 5 anos de idade, faz terapias com terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, psicóloga além de outras de estímulo psicomotor e nerologico. A maior preocupação foi em como educar uma criança autista sendo mãe de primeira viagem, sem experiência, insegurança de que realmente estaríamos fazendo o melhor por ele e se ele seria uma criança feliz.
2 - Hoje, quais são os maiores desafios para você e seu filho?
A rotina, organização e a adaptação.
3 – Seu filho chegou a passar por alguma situação de bullying ou preconceito?
De preconceito sim. No início, pois pela falta de informação é comum que algumas pessoas ajam desta maneira.
4 – E quais conquistas você tem a contar, dele e de toda a família?
Todos os progressos do Rodrigo são vistos como conquistas. Ele está mais sociável, é uma criança super amorosa, está lendo e escrevendo, participa de atividades comuns ao dia a dia como andar de bicicleta, brincar, fazer amigos. Ele é motivo de muito orgulho para toda família.
5 – O que o Dia Mundial da Conscientização do Autismo significa para você e sua família?
É uma data importante por abranger o mundo todo em relação ao autismo. A conscientização sobre o TEA deve ser levado em consideração todos os dias, para que informações possam ser levado para todas as pessoas, promovendo a empatia, o amor e o respeito.
6 - Qual conselho você daria para que os pais e mães de uma criança autista?
A aceitação é o primeiro passo. A partir do momento que você aceita a condição de que seu filho é autista e possui limitações, acima de tudo, são crianças e precisam de muita atenção, carinho e amor.