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Isolamento Social e Saúde Mental
Data de Publicação: 3 de abril de 2020 16:09:00
Fernando Pimentel
Muito tem se falado sobre os efeitos do isolamento social que além de afetar a economia, pode prejudicar a saúde mental. Há maior probabilidade de aumento dos sintomas de ansiedade, estresse, depressão, pânico entre outros. Aos poucos vamos ficando mais irritados, com dificuldade para dormir e tendo falta de concentração. Não sabemos até quando precisaremos nos manter distanciados fisicamente uns dos outros. O fato é que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), precisamos diminuir a velocidade com que o Coronavírus se propaga, evitando assim, um colapso no sistema de saúde e o aumento do número de mortes.
Precisamos mais do que nunca cuidar da saúde mental, mas não estamos sós, o mundo todo está voltado para essa realidade. Temos a oportunidade de aproveitar esse tempo para refletir sobre o que aprenderemos com isso. Se ficarmos focados somente no sofrimento pelo qual estamos passando ou no grande dilema de morrer de fome, ou pela Covid19, não resolveremos o problema tão pouco ficaremos imunes de ambas as coisas. Pior ainda, tenderemos a prejudicar a saúde mental.
Contudo, é possível viver de maneira mais saudável em meio a pandemia. Além das formas recomendadas pelo Ministério da Saúde acerca dos cuidados que precisamos tomar a fim de prevenir o contágio da Covid19 ou diminuir os casos de infecção, podemos incluir algumas práticas importantes. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta algumas recomendações sobre a proteção da saúde mental.
- Seja empático com todos aqueles que são afetados
- Atualize-se apenas em fontes confiáveis e em horários definidos uma ou duas vezes por dia
- Ligue para vizinhos ou membros da comunidade que possam precisar de assistência extra
- Mantenha uma rotina diária de leituras profissionais e pessoais
- Faça atividades físicas regularmente
- Encontre formas de ser otimista e propagar essa ideia
Há inúmeras formas de viver esse momento e tirar lições importantes. Aprender a nos voltar para o que é essencial como estar mais presente na família unidos as gerações que a tempos estavam separadas. Vivenciar a companhia dos animais de estimação. Aproveitar as redes sociais para aproximar-se daqueles que estavam esquecidos. Cuidar de uma planta, praticar meditação, fazer psicoterapia online. É possível aprendermos também a viver com menos recursos parando de adquirir coisas desnecessárias. Oportunidade de novos e mais saudáveis hábitos de vida e de convivência com o próximo. É hora de nos reinventarmos.
Autor
Fernando Braulio Pimentel, psicólogo (CRP 08/27411- PR,12/IS-19279-SC)
Fernando é graduado em Psicologia pela faculdade Pitágoras de Londrina. Graduado em Filosofia e Teologia pela Faculdade Vicentina (FAVI) de Curitiba. Pós Graduado em Metodologia de Ensino de Filosofia e Sociologia pela Universidade do Contestado (UnC) de Mafra. Psicólogo na Clínica Espaço Bem Viver em Rio Negro. Psicólogo na Clínica Canaã em Mafra. Psicólogo no Lar dos Velhinhos São Francisco de Assis de Mafra.