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Janeiro Branco 2020: precisamos falar sobre saúde mental

Janeiro Branco 2020: precisamos falar sobre saúde mental

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Por Carla Taíssa

Depressão já foi considerada o mal do século e crescem a cada dia os casos de Ansiedade, Síndrome do Pânico, Síndrome de Burnout, entre outros. Por isso, a Campanha Janeiro Branco convida todo mundo a pensar em formas, estratégias, temas, questões, assuntos, ações, iniciativas e abordagens capazes de inspirar e de estimular as pessoas e as instituições sociais a refletirem sobre Saúde Mental e as suas variadas facetas.

E, para falar sobre o tema, o Diário de Riomafra traz uma entrevista especial com a psicóloga Rafaela Roberta Bielecki (CRP/SC -12/18522):

1- Muitas pessoas ainda têm receio de visitar o psicólogo ou se abrir sobre o seus sentimentos. Como mudar esse paradigma e incentivar as pessoas a buscar ajuda?

Fazer com que as pessoas entendam que é extremamente importante cuidar da saúde mental, pois isso reflete em todos os âmbitos da vida do indivíduo, que todos têm seus problemas a serem enfrentados e para isso a ajuda de um profissional da psicologia é a melhor maneira, pois ele é quem abre o caminho para uma reflexão e mudança de vida positiva.

2 - Como as escolas podem abordar questões de saúde mental com os jovens?

Sendo extremamente abertas para discutir qualquer tipo de assunto, acolhendo crianças e adolescentes com suas demandas, tendo profissionais qualificados para atender não só os alunos, mas também suas famílias, tornando a educação abrangente não só em temas acadêmicos, mas em temas sociais, sobre situações enfrentadas no cotidiano.

3- E as famílias? Como derrubar o tabu que existe sobre o tema da saúde mental e falar sobre isso em casa?

Entender que o primeiro núcleo social em que o indivíduo está inserido desde o nascimento é a família, que ela é responsável por grande parte da motivação que o indivíduo tem para buscar ajuda, um tratamento, uma mudança de vida. A família se torna um pilar importante para apoiar seu ente querido, se mostrando presente e prestativa com ele.

4 - Dos transtornos e síndromes entre os seus pacientes, qual é o mais comum? Como podemos identificar seus sintomas e saber que em momento de procurar ajuda?

A depressão e ansiedade disparam na procura por um psicólogo. Os sintomas que podem ser percebidos são alterações no sono, alterações no apetite, alterações repentinas de humor, isolamento, agitação e até mesmo sintomas físicos como dores pelo corpo que não tem explicação biológica. Quando sintomas como esses são observados é hora de buscar ajuda de um profissional da psicologia e/ou psiquiatria.

5 - Hoje em dia com a rotina acelerada de trabalho e estudos, também acaba facilitando o aparecimento de problemas como ansiedade, depressão, síndrome do pânico, Síndrome de Burnout,  entre outros, qual a melhor maneira de ter qualidade de vida em meio a uma rotina acelerada?

Ter sempre um tempo para relaxar, por mais difícil que seja. O descanso se torna importante para que o corpo e a mente não trabalhem exageradamente, trazendo danos graves para a saúde física e mental. Tirar um tempo durante o dia para fazer aquilo que gostamos alivia as tensões é melhora a qualidade de vida, pois a pessoa está se permitindo sentir prazer com atividades simples, mas essenciais para si.

6 - Quais sintomas mais preocupantes devemos observar, em nos mesmos ou em pessoas da família, que indiquem algum problema de saúde mental?

Isso varia de pessoa para pessoa, mas em geral, é importante ficar atento à mudanças significativas na rotina do indivíduo e em sintomas que só vem se agravando com o tempo (alterações de humor, sono, apetite, isolamento social, etc)

7 - Qual mensagem você gostaria de deixar nesse Janeiro Branco?

 Que as pessoas se conscientizem da importância de cuidar da saúde mental, pois ela comanda todo o resto de nossa vida. Ninguém está sozinho e ninguém precisa passar por isso sozinho, sempre há uma saída, sempre há ajuda que precisar. Priorizar a saúde mental deveria ser uma campanha para o ano todo, porque assim as pessoas deixariam de tratar isso como um tabu e o mundo seria mais cheio de pessoas saudáveis.

 

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