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Mafra é escolhida para estudo e planejamento de projeto piloto de adaptação às mudanças climáticas em SC

Mafra é escolhida para estudo e planejamento de projeto piloto de adaptação às mudanças climáticas em SC

Data de Publicação: 31 de janeiro de 2025 15:10:00

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O Brasil está mais quente. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet), o ano de 2024 foi o mais quente desde 1961 no país. A temperatura média do ano foi de 25,02ºC, e em comparação com o ano anterior, 2023, o aumento foi de 0,7ºC.

O aumento de queimadas, secas, chuvas e enchentes são alguns dos desastres que se intensificam a partir das mudanças climáticas. De acordo com análise da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), cerca de 93% das cidades brasileiras (mais de cinco mil municípios) foram atingidas nos últimos dez anos por algum desastre que culminou com o registro de emergências ou estado de calamidade pública.

As chuvas e enchentes que assolaram o estado do Rio Grande do Sul, e as mais de dez cidades que estiveram em estado de emergência neste início de 2025 em Santa Catarina, são exemplos de que a preocupação com os desastres naturais e o planejamento dos municípios em torno da temática, deve ser prioridade.

Em Mafra, as enchentes e enxurradas que provocam alagamentos em diversos pontos da cidade são os principais desafios. Por meio de projeto ligado ao SEBRAE e ao Cidade Empreendedora, o município foi selecionado como uma das duas cidades de Santa Catarina a participarem de um planejamento piloto de um Plano de Adaptação às Mudanças Climáticas.

Juliana Caikoski, bióloga e servidora da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano de Mafra, explica a importância do projeto na cidade. “Fomos escolhidos como cidade piloto na elaboração do plano de adaptação às mudanças climáticas. Não somos a única cidade em que os desastres naturais acontecem e esse planejamento vai auxiliar também outros municípios, que irão se basear em nosso documento”, revela.

Na última quarta-feira, 29, a Secretaria apresentou o projeto para Conselhos, Defesa Civil, forças de segurança, representantes do poder público, vereadores, ONGs e demais autoridades em reunião no Centro de Empreendedorismo Osmar Werner.

O projeto, segundo os apresentadores, foi iniciado em setembro de 2024 com um plano de trabalho desenvolvido com equipes especializadas. Caikoski complementa que o plano deve focar tanto nos problemas em âmbito urbano, como também no rural, com granizo, enchentes e outras possibilidades de desastres que impactam a população mafrense.

Um dos principais objetivos deste Plano é reduzir a vulnerabilidade do município a desastres, e uma das estratégias fundamentais para isso é o fortalecimento do monitoramento, que envolve a avaliação de riscos e a identificação das áreas mais suscetíveis a impactos.

A bióloga complementa que todo o documento é redigido de acordo com a Lei 14.904/2024, que estabelece diretrizes para elaboração de documentos deste porte.

Os organizadores destacaram que esta foi apenas a primeira etapa de um processo contínuo de planejamento, com novas reuniões programadas para aprimorar o plano de adaptação climática.

A próxima etapa, chamada de "Oficina", já tem data marcada e acontece no dia 12 de fevereiro, às 14h, na sede da Amplanorte. Esse evento será conduzido pela equipe técnica do SEBRAE, em conjunto com as secretarias do município, com a apresentação do diagnóstico e dados obtidos sobre os impactos de catástrofes na cidade e o desenvolvimento de ações de mitigação dos danos.

No encontro do dia 12, as contribuições da população e das entidades serão discutidas e incorporadas ao documento, que seguirá para desenvolvimento e apresentação final. Por isso, a participação da população no planejamento destas ações combatidas é de extrema importância, segundo Juliana: “Queremos fortalecer para que toda a população, rural e urbana, que sofrem com esses casos, como enxurradas, granizo, enchentes, participem das discussões”, reforça.

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