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Moda como autocuidado: vestir-se também é cuidar da mente

Moda como autocuidado: vestir-se também é cuidar da mente

Data de Publicação: 25 de abril de 2025 17:03:00

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Tem dias em que tudo parece meio nublado. A gente acorda sem vontade de nada, o espelho não ajuda, e até o moletom mais macio parece não abraçar direito. Nesses dias, pensar em roupa pode parecer fútil, mas talvez seja justamente aí que ela faça mais sentido.

Vestir-se é um ato íntimo. Um ritual diário que acontece entre você e o espelho, mesmo que ninguém mais veja. E não precisa ser nada elaborado. Às vezes é só escolher uma blusa que deixa a pele respirar melhor, um vestido que não aperta, uma cor que traz leveza pro olhar. É como preparar um chá quente para si mesma em dia de chuva. Roupa também pode ser colo.

A moda tem esse poder: pode te empurrar pra dentro de um padrão inalcançável ou te lembrar que você já é suficiente. Depende de como você se conecta com ela. Quando usada com consciência, ela vira aliada da autoestima, não inimiga.

Não estou falando de seguir tendência, nem de montar looks incríveis pra postar nas redes. Estou falando de se permitir sentir, de escolher peças que acolhem o seu momento seja ele de alegria ou de recolhimento. Tem dias de batom vermelho e tem dias de cara lavada. Tem dias de salto e tem dias de chinelo. Todos eles contam histórias válidas.

Moda real é aquela que entende a sua fase. Que acompanha seu corpo em mudança, sua cabeça em transição. É aquela que não exige nada, só caminha junto.

Então, da próxima vez que você se olhar no espelho, pergunte: “O que eu preciso hoje?” Pode ser conforto, pode ser leveza ou pode ser força e autoridade. A resposta pode estar naquela peça esquecida no fundo da gaveta ou naquele moletom velho que sempre te abraça melhor que muita gente.

Porque sim: vestir-se também é cuidar da mente.

 
Deysi Ruthes
Empresária, estilista e consultora de imagem
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