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Morador do Paraná morre após visita a SC, investigação aponta suspeita de febre de Oropouche
Data de Publicação: 23 de julho de 2024 09:09:00
Uma suspeita de morte por febre de Oropouche, de um homem que se hospedou em Blumenau, no Vale do Itajaí, em Santa Catarina, é investigada, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado (Dive) nesta segunda-feira (22).
O homem esteve em Blumenau, mas como estava no estado a passeio, pode ter passado por mais cidades, o que será apurado. Ele é morador do Paraná e morreu em abril deste ano.
O Ministério da Saúde confirmou que o caso de Santa Catarina é investigado. Outras duas suspeitas de mortes por febre de Oropouche são apuradas, ambas na Bahia. Não há nenhum caso de óbito pela doença confirmado no Brasil este ano, conforme o ministério.
No total, Santa Catarina registrou, em 2024, 140 casos de febre de Oropouche, a maioria no Vale do Itajaí. Este ano foi a primeira vez na história que o estado teve casos da doença.
Cidades de SC com mais casos de febre de Oropouche
Segundo a dive, as cidades do Estado que mais têm casos da doença são Luis Alves (65), Botuverá (35) e Blumenau (09).
Febre do Oropouche
Conforme o Ministério da Saúde, a febre do Oropouche é causada por um arbovírus e é transmitida por mosquitos, principalmente Culicoides paraensis, conhecido como maruim, e o Culex quinquefasciatus, chamado popularmente de pernilongo.
Os sintomas são parecidos com os da dengue e da febre de chikungunya. São eles:
- dor de cabeça
- dor muscular
- dor nas articulações
- náusea
- diarreia
Não existe tratamento específico. Os pacientes devem permanecer em repouso, com tratamento dos sintomas, e ter acompanhamento da rede municipal de saúde, conforme a Dive.
Como esses insetos se reproduzem em locais com matéria orgânica, ao contrário do Aedes aegypti, transmissor da dengue, que precisa de água parada, o controle populacional desses mosquitos é mais difícil.
Como forma de prevenção, a Dive recomenda barreiras físicas contra o maruim, como o uso de roupas compridas e telas em janelas. Não há no mercado um repelente muito eficaz contra o inseto.
A doença começou a ser registrada no Brasil em 1960 e ocorria mais no Norte do país, de acordo com o diretor da Dive/SC.
Fonte: G1 SC