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Presidente da AMMA apresenta demandas das famílias atípicas na Câmara de Mafra
Data de Publicação: 6 de junho de 2025 09:13:00
Na noite da última segunda, 2 de junho, durante a sessão da Câmara de Vereadores de Mafra, a tribuna foi cupada pela presidente da Associação Mafrense Mais Amor (AMMA), Glauciane Zanin, para apresentar reivindicações de famílias atípicas do município.
Ela iniciou o pronunciamento saudando as famílias atípicas presentes, os que acompanhavam pela internet e toda a comunidade que vive a realidade da inclusão.
Durante o discurso, Glauciane relatou situações enfrentadas por famílias de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no município, como a falta de estrutura nas escolas, ausência de equipes multidisciplinares e demora no acesso a consultas com especialistas, incluindo neurologistas. Mencionou também um episódio envolvendo uma escola local que, segundo ela, prejudicou uma criança autista.
“Não estamos pedindo privilégios, mas sim o cumprimento da Constituição, da LBI (Lei Brasileira de Inclusão) e do Estatuto da Pessoa com Deficiência”, afirmou.
A AMMA foi fundada há 4 anos. Glauciane está na presidência há pouco mais de um ano. Segundo ela, nesse período foram intensificadas campanhas de conscientização, rodas de conversa com apoio psicológico, parcerias comunitárias e eventos como o “Abril Azul”, somando sete grandes ações somente em 2025. A associação também mantém presença nas redes sociais e atua em conjunto com entidades locais, como o Lions Clube de Mafra.
Ela também relatou sua experiência como mãe de duas crianças, os filhos Arthur, diagnosticado com autismo nível 2, TDAH e apraxia de fala, e Valentim, que também exige cuidados. Sobre sua atuação com os filhos, disse: “Sou a mãe chata que está presente na escola e nas terapias, porque só assim conseguimos avanços. Mas sei o quanto isso é desgastante, caro e muitas vezes solitário”.
Glauciane é professora formada em Letras, com pós-graduação em Gestão Escolar. Durante a fala, também destacou os desafios enfrentados por mães atípicas na busca por direitos como diagnóstico precoce, terapias, inclusão escolar e respeito. “Desistir não é uma opção”, disse.
Ela encerra o discurso solicitando ações do poder público em áreas como fiscalização, ampliação de equipe técnica e criação de políticas públicas inclusivas. “A omissão não é neutra. Ela custa caro. Custa o desenvolvimento das nossas crianças e a saúde mental de pais e mães que só querem ver seus filhos incluídos e respeitados.”