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Quais foram os impactos da pandemia na economia?
Data de Publicação: 30 de junho de 2020 10:08:00
Uma pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) em abril deste ano estima o tamanho da queda sofrida pelo comércio global no cenário de pandemia, seja sobre os preços dos bens comercializados ou por conta das restrições na capacidade de oferta em diversos setores e países. A estimativa é de que o comércio mundial tenha uma queda de 20%, em um cenário básico, em que o PIB mundial possui queda de 2,0%.
Os pesquisadores ressaltam que são projeções especulativas, uma vez que se trata de um evento com características inéditas nos últimos 100 anos e que não é possível prever a duração. Outros dois cenários são apresentados pelos pesquisadores, o mais otimista prevê a queda de 15%, enquanto o mais pessimista nos apresenta uma queda de 25%. Em 2021, a expectativa é de crescimento do comércio que poderia ser de 4,0%, 7,0% ou 10,0%.
Ao mesmo tempo em que algumas projeções nos auxiliam a imaginar o futuro econômico, outros impactos já começam a ser sentido no Brasil, Estado e até mesmo em nosso município. Dados recentes divulgados pelo CAGED indicam que Santa Catarina apresentou queda de mais 73 mil empregos formais, somente em abril deste ano.
A queda no número de empregos, bem como o fechamento de algumas empresas durante este período, entre outros motivos, foram considerados pelo Secretário Executivo da Amplanorte, Hélio Daniel Costa, como possíveis impactos da pandemia em Mafra. Em entrevista concedida à ACI de Mafra, o Secretário destaca ainda a possível queda na arrecadação.
“Ainda assim é cedo para falarmos em impactos, possivelmente só poderemos senti-los para fins de Movimento Econômico em janeiro de 2021”, explica. Por outro lado, o Secretário Executivo da Amplanorte destaca que durante a pandemia o setor de alimentos destacou-se na arrecadação, com supermercados sendo a grande concentração dos gastos da população.
Expectativas positivas para a agricultura e agronegócio
Para o Secretário Executivo da Amplanorte, Hélio Daniel Costa, o agronegócio tem obtido bons resultados e espera-se que a agregação de valor neste setor possa dar boas condições de aquecimento principalmente do comércio local. Lembra que o setor fumageiro até o momento não adquiriu toda a produção 2019/2020 dos nossos produtores bem como de todo o Planalto Norte Catarinense que concentra a maior produção de tabaco do Estado.
“Mafra destaca-se no estado como a segunda maior força na produção de grãos (soja), e cerca de 45% da nossa economia vem do agronegócio e são eles que também geram oportunidades para os pequenos”, analisa.
Dados de 2018/2019 divulgados pela Epagri, apontam o milho em grãos e a soja como as maiores produções em Mafra, cerca de 48,5 toneladas e 76 toneladas respectivamente.