A vice-governadora Marilisa Boehm recebeu na tarde desta terça-feira demandas de Mafra. Em audiência em Florianópolis, o vereador Ronaldo de Mello Woslki (PL) solicitou a inclusão do município na rede de energia trifásica, cuja expansão de mais 500 quilômetros foi anunciada pelo governador Jorginho Mello na semana passada.

De acordo com Wolski, a alteração no fornecimento de energia é fundamental para Mafra, que tem 93% de seu território formado por área rural. "Temos a quarta maior área de plantio do Estado", informou. Localidades como Avencal do Meio, de Cima e de Baixo, Bela Vista, Rio Branco 1 e 2, Butiá dos Taborda, Augusta Vitória, General Brito, Fazenda Potreiro, Rio da Areia de Baixo, de Cima e do Meio, Vila Ruthes, Avencal do Saltinho, Pedra Fina e Saltinho do Canivete foram apontadas como regiões mafrenses que necessitam da energia. 

O secretário municipal de Agricultura, André Rafael Hack, explicou para Marilisa que a rede trifásica vai beneficiar produtores de aves, suínos e tabaco, entre outros. "Todos estão esperando essa mudança para adaptarem seus equipamentos e assim poder passar a ter uma produção maior, algo que é fundamental para o incremento da economia local", comentou.

A vice-governadora vem se dedicando ao assunto desde novembro do ano passado, quando estava atuando como governadora em exercício e pediu à Celesc que o Planalto Norte, o Nordeste catarinense e o Vale do Itapocu fossem contemplados com a rede trifásica. No último dia 14, ela voltou à estatal e solicitou ao presidente da empresa, Tarcísio Rosa, que as cidades de Monte Castelo, Papanduva, Itaiópolis, Monte Castelo, Balneário Barra do Sul, Barra Velha, Campo Alegre, São Bento do Sul e Schroeder sejam beneficiadas. "Agora vou levar o pedido de Mafra e farei o mesmo com todos os demais municípios que desejarem. Nos dois primeiros anos o governador Jorginho Mello orientou que as regiões da Serra e do Oeste fossem atendidas. Agora estamos focando no Norte de Santa Catarina, que também necessita da modernização da energia no campo", garantiu Marilisa. A Celesc está recebendo as solicitações e fará estudos técnicos para definir as obras. Vão ser priorizadas áreas com maior concentração de clientes rurais e atividades produtivas de alto consumo energético, como agroindústrias, fruticultura e produção leiteira. Também serão avaliadas o impacto da expansão e a viabilidade. 

O vereador entregou à vice-governadora outro pedido voltado à infraestrutura da cidade. "Temos 30 pontes de madeira que precisam ser substituídas para garantir a segurança da população e o escoamento da nossa produção local", relatou. Marilisa confirmou que vai entregar a demanda para a Secretaria de Proteção e Defesa Civil, que possui kits de transposição, que são estruturas pré-moldadas utilizadas para a substituição de pontes danificadas.