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VIII Seminário Municipal de Prevenção do Suicídio levou às Agentes Comunitárias de Saúde mais conhecimento sobre o tema
Data de Publicação: 5 de setembro de 2022 15:58:00 Demais programas e serviços da Secretaria Municipal de Saúde também promoverão outras ações alusivas ao Setembro Amarelo
A manhã de sexta-feira, 02 de setembro, foi dedicada ao tema “Exerça empatia -setembro amarelo todo dia”, durante o VIII Seminário de Prevenção do Suicídio, que aconteceu no auditório do CEDUP e reuniu as Agentes Comunitárias de Saúde de Mafra (ACS).
A assistente social, Ariane Woehl, da Secretaria Municipal de Saúde, abriu o evento saudando a todos os presentes, destacando a importância da participação das ACS, uma vez que “o suicídio, abarcando também as tentativas de suicídio, é uma questão complexa e multifatorial, sendo uma tarefa para muitas mãos e olhares”. Ela explicou também o trabalho que o município vem desenvolvendo ao longo dos anos. “Mafra há oito anos vem desenvolvendo capacitações multiprofissionais, embasadas nos princípios de acolhimento, escuta ativa e manejos técnicos para o Comportamento de Risco e o autocuidado”, disse, já convidando o médico psiquiatra Marielson Marciniak para dar início a sua palestra.
Suicídio: problema de saúde pública
O palestrante abordou o contexto sobre suicídio com os seguintes assuntos: o que é, tendências suicidas, comportamento, etc. O psiquiatra também destacou o papel das ACS no que tange à observação dos moradores quando são visitados por elas, visíveis alterações de comportamento, saúde mental e demais percepções. “O olhar de vocês que vão à casa das pessoas é muito importante para ofertar apoio e compartilhar com a equipe ESF de atendimento multiprofissional”, disse.
Sobre dados, Marielson mostrou que no ano de 2019, uma em cada 100 mortes no mundo foi por suicídio e que esta é uma das principais causas “evitáveis” de morte. Também falou que é a segunda causa de morte em indivíduos entre 15 e 29 anos, sendo que a primeira são os acidentes de trânsito. Segundo os dados apresentados, de 2002 a 2012 houve um aumento de 33% neste tipo de morte. Destacou meios mais utilizados, perfil dos tentantes diante cenário mundial e reforçou os fatores de risco e fatores de proteção. A palestra seguiu ainda com explanações de como as ACS devem orientar as famílias e as pessoas que demonstram algum sinal de sofrimento mental e demais conceitos de prevenção ao suicídio.
A psicóloga Debora Popadiuk conceituou a importância do autocuidado e o pleno exercício da empatia, explorando o tema da campanha deste ano. Durante o evento também foram explorados assuntos inerentes à Campanha Municipal de Uso Racional de Medicamentos, proferida pela farmacêutica Andreia Siqueira Leite com apoio de Susanne Cassias.
Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio
10 de setembro é a data instituída pela Associação Internacional de Prevenção ao Suicídio (IASP), apoiada pela OMS, com intuito de alertar sobre a existência do sério problema e conscientizar a sociedade da necessidade de medidas de prevenção. Neste dia, que tal usar uma fitinha amarela junto ao peito demonstrando apoio ao movimento?
Setembro Amarelo
A OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que no Brasil, a cada 40 segundos ocorrem uma morte por suicídio. A cada 03 segundos uma pessoa tenta suicídio. O suicídio, abarcando também as tentativas de suicídio, é uma questão complexa e multifatorial. Para cada notificação de tentativa de suicídio aproximadamente 06 a 08 pessoas envolvidas neste fenômeno, quando este acontece em ambientes escolares, esses números se multiplicam.
Com a Pandemia Covid19, o sofrimento mental pode ter se intensificado, gerando maior dor e isolamento, além de sentimentos como: angústia, medo, ansiedade e luto. Este impacto se dá tanto nas questões emocionais, sociais, profissionais e familiares. Os chamados sobreviventes desta violência estão envolvidos diretamente neste processo de enfrentar este fenômeno embaraçoso e ainda muito difícil de ser explorado.
O suicídio é um fenômeno social espinhoso, e o é considerado uma preocupação de Saúde Pública pela OMS. Importante dar destaque ao trabalho voluntário do CVV no Brasil há 60 anos, com apoio emocional via telefone. O CVV Centro de Valorização faz acolhimento via telefone 188, 24 horas durante sete dias da semana.