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Volta às aulas: Secretaria de Educação de Rio Negro projeta avanços e melhorias para 2025
Data de Publicação: 17 de fevereiro de 2025 13:51:00
Oano letivo começou nesta segunda-feira em Rio Negro, marcando o início de uma nova gestão na Secretaria de Educação. Em entrevista, a secretária Vera Pfeffer Schelbauer falou sobre os desafios e prioridades da pasta, incluindo a manutenção da qualidade do ensino, a valorização dos professores e a ampliação de vagas em creches. Também conversamos sobre a importância da Lei n° 15.100/2025, sancionada no início deste ano, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos, como celulares, nas escolas.
Como está sendo para você essa adaptação na Secretaria da Educação?
Olha, como eu já estive há alguns anos atrás na Secretaria, está tranquilo, no sentido de eu já conhecer o trabalho. Estamos bastante entrosados com a equipe. Está sendo bastante gratificante esse início de ano na secretaria. Está tudo em andamento, as aulas já começaram no dia 6 e as perspectivas estão muito boas para esse ano.
Quais são as prioridades da sua gestão para a educação municipal nos próximos anos?
A educação de Rio Negro é muito boa. Ela já vem de resultados muito bons do IDEB nos últimos 10 anos, que é destaque na região, destaque na região metropolitana, com IDEB de 7,5, um índice considerado bastante alto. Então, claro, o objetivo principal é manter esse IDEB ou até melhorar. E, já em seguida, e não menos importante, a valorização dos professores. Nós estamos, há mais de dez anos, com a tabela salarial defasada.
Então, uma das primeiras medidas a serem tomadas, assim que der encaminhamento, seria para constituir uma equipe, fazer uma comissão de professores para estudo do novo plano de cargos e salários dos professores de Rio Negro.
Qual a situação das escolas municipais em termos de estrutura física? Há previsão de reformas ou novas construções?
Quando nós chegamos à secretaria,estávamos com nove obras acontecendo nas escolas. Então, a estrutura, de um modo geral, das escolas em Rio Negro são bem satisfatórias. Precisa de alguns ajustes ainda, que já estão sendo pensados durante o ano, mas é pouca coisa. Uma adequação de acessibilidade, alguma norma dos bombeiros que tem que ser adequada, mas de reforma grande, não existe um planejamento.
O que existe é uma ideia de implantação, de ampliação de vagas nas creches. Uma nova creche vai ser construída na Estação Nova. Nós já temos o parecer do FNDE positivo para a construção dessa creche, mas é mais a longo prazo. A gente pensa nos três anos, por aí, talvez mais ainda porque os trâmites com o governo federal são bastante demorados.
Você mencionou a ampliação de vagas, principalmente para as creches. Como você analisa a importância dessa ampliação?
Essa ampliação será feita. Nós estamos estudando a possibilidade de ampliação de salas de aula nas creches. Existiu um projeto de uma escola que iria ser construída no valor de R$ 8,5 milhões, uma escola modular, que é construída muito rapidamente, em média de três meses.
Mas nós consideramos que essa escola não é prioridade neste momento. E por ser um valor muito alto, nós estamos replanejando para, em vez de construir uma escola de 12 salas, construir 20 salas distribuídas nas unidades que mais precisam de vagas. Isso seria no valor de R$ 2 milhões, R$2,5 milhões, que é um valor bem mais baixo do que a construção de uma escola só.
E, às vezes, acaba sendo mais rápido esse processo.
Com certeza, mais rápido. Nós pensamos duas salas de aula numa creche, três na outra. E, assim, com esse valor de R$ 2,5 milhões, a gente consegue dar conta de, pelo menos, dez unidades com essa ampliação.
Como foi o planejamento para o retorno às aulas este ano? Vimos a entrega dos Kits Escolares acontecendo nos últimos dias, como eles são?
Os kits ainda não chegaram todos. Hoje [quinta- -feira] estava para chegar ainda uma demanda. Chegaram os kits da educação infantil, agora do ensino fundamental I, e mais algumas unidades do kit infantil também, das agendas, mas acreditamos que até a próxima segunda-feira, todos estarão com seus kits. É um kit bastante bonito. A capa dos cadernos, das agendas, dos portfólios, contém imagens dos nossos pontos turísticos. Foi elaborado já há algum tempo atrás. É muito bonito. Tem a nossa ponte, tem o nosso portal de entrada, tem o seminário. E tem também imagens de crianças com deficiências. Então, elas remetem à aceitação da inclusão que a gente tanto trabalha para acontecer.
Pensando agora sobre a nova lei. Ela foi aprovada e sancionada no início deste ano. Então, está nas primeiras etapas de todo um protocolo. Gostaria de saber qual é a importância de uma lei como essa, que restringe o uso de aparelhos eletrônicos?
É essencial. Eu até acho que ela demorou bastante para acontecer. Já trabalhei em escolas de Ensino Fundamental II e Ensino Médio. A gente percebia a dificuldade que era para o professor conseguir dar aula, para conseguir a atenção do aluno.
Eu vejo que nas nossas escolas, nas unidades, nós não vamos sentir muito esse impacto porque as crianças ainda são pequenas, elas não têm celular. Uma ou outra. São casos bem raros que os pais dão celular para as crianças na idade de até 10 anos. Mas é essencial que essa lei exista e que normatize o uso do celular como um instrumento pedagógico dentro da escola.
E se a criança já for conversada, desde já, pequenas, da existência da lei, ela já vai crescer sabendo que o celular na escola é só para uso pedagógico, que não é uso para entrar em rede social ou ter um relacionamento social pelo celular.
Falamos sobre a valorização docente, o que a Secretária pode destacar em projetos e ações para a questão?
Isso é uma busca que nós perseguimos muito, no sentido de que os professores recebem o piso, que é obrigatório. O piso nacional é uma lei nacional, nós não podemos questionar. Mas os professores de final de carreira ficam muito próximos aos professores que estão entrando. Então, a gente sente que isso é uma lacuna, que nós precisamos agir para corrigir essa defasagem de salário, dos professores que se dedicam há tanto tempo em nossa rede e que se veem desmotivados com a disparidade. Esse plano de carreira é um ponto muito forte nesta gestão.