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Dia do compositor: entrevista com Pedro Vulpe

Dia do compositor: entrevista com Pedro Vulpe

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Por Carla Taíssa

Nesta quarta-feira (15), foi comemorado o dia do compositor. A data é uma homenagem à todos os compositores do mundo, especialmente sua arte, trabalho e esforço para compor, escrever e criar músicas.

E o Brasil é um país muito rico em bons compositores e música de qualidade. É o que se presencia em movimentos como a Bossa Nova e a MPB - Música Popular Brasileira. Mas esse trabalho não ficou no passado. Jovens compositores trazem um novo gás ao cenário musical nacional. São artistas como Pedro Vulpe que já vê os frutos de seu trabalho autoral serem reconhecidos. Confira a entrevista completa:

1 - Como começou seu interesse pela música? Há quantos anos você trabalha com música? Nos conte um pouco da sua história.

O interesse veio muito cedo, dentro de casa. A gente vivia com o rádio ligado, lembro de brincar ouvindo música e ganhar discos da minha família nos aniversários e no natal. Desde muito cedo participei de corais e fanfarra do colégio, mas aos quatorze comecei a me apresentar na noite. Foram dez anos ensaiando, participando de bandas e eventos locais até que em 2015 fui para Dublin, capital da Irlanda. Lá fui músico de rua, me apresentei em noites autorais e acabei gravando dois vídeos. Quando voltei para o Brasil acabei gravando músicas que compus durante a viagem, sendo meu primeiro registro solo. Lancei esse EP (compilado de 5 músicas) no ano seguinte e me mudei para São Paulo. De lá para cá tenho mais dois singles, um videoclipe e outro EP lançados.

2- E como está sua carreira atualmente? Tocando em alguma banda ou solo?

Me apresento sozinho desde que me mudei, com algumas participações em bandas de amigos ou apresentações colaborativas.

3- Você compõe canções próprias? Quantas composições você já tem?

Gravadas, são dezoito. Não sei dizer quantas músicas tenho no total, tenho algumas salvas no computador e outras tantas em uns cadernos que uso para esse fim.

4 -Qual seu estilo de música favorito?

Folk, apesar de gostar muito de rock, mpb e pop.

5 - Quais músicos, bandas ou compositores te inspiram? 

Os nacionais são Nando Reis, Duca Leindecker (Pouca Vogal, Cidadão Quem), Milton Nascimento, Lô Borges, Adriana Calcanhotto, Rubel e outros. Internacionalmente tenho o Bob Dylan, Glen Hansard, Leonard Cohen, Noel Gallagher (Oasis), Dallas Green (City & Colour), Damien Rice, Jeff Buckley, os Beatles e por aí vai!

6 - No Brasil a realidade dos músicos e compositores ainda é difícil, então como você vê o cenário futuro? Acha que tem perspectiva de mudanças?

Acredito que a internet mudou muito a vida do artista independente e, consequentemente, de quem consome música. Hoje é mais fácil de lançar e distribuir uma música sem depender de uma gravadora ou um investimento gigantesco. Existem canais de divulgação e interação entre músicos, páginas que difundem e otimizam o alcance de artistas de vários gêneros musicais. Ao meu ver, o que falta é uma procura do grande público no lugar certo. Hoje, não se depende de um único palco ou de uma principal estação de rádio para descobrir novos sons. O país ainda engatinha no consumo online de música, uma vez que essa ferramenta seja mais usada vamos perceber a quantidade absurda de diversos ritmos que o Brasil produz. Há espaço para todos aí e o artista autoral precisa se valer cada vez mais disso.

7 - Quais seus planos futuros?

Pretendo gravar mais músicas esse ano, possivelmente no segundo semestre. Por agora, quero fazer shows divulgando o material que acabei de lançar, atingir novo público e lugares que ainda não toquei.

8- Qual mensagem você gostaria de deixar para quem tem interesse na área?

Compor é um eterno exercício. Além de saber cantar e tocar algum instrumento, é necessário estimular a sua atenção e sensibilidade: Leia, assista, ouça a música tanto dos seus ídolos como um artista novo e veja o que pode aprender com cada um deles. Converse, saia de casa, encontre realidades que não sejam a sua, procure excelência nos pequenos detalhes e entenda que, como qualquer outra profissão, é preciso se dedicar.

 

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