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Dia do Jornalista

Nesta terça-feira (7), se comemora o Dia do Jornalista.

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Nesta terça-feira (7), se comemora o Dia do Jornalista. Estes profissionais antenados, estão sempre conectados com o mundo e prontos para captar os menores detalhes enquanto observam os fatos do dia a dia. E são muito importantes para o dia a dia aqui na redação do Diário de Riomafra.

Para homenageá-los, conversamos hoje com a jornalista Joyce Zanetti Silva, 48 anos. A curitibana é formada em Jornalismo, pela UFPR, e em Publicidade e Propaganda, também pela UFPR. Pós-graduada em Comunicação Audiovisual pela PUC-PR. E ela é também servidora pública concursada da Prefeitura de Mafra desde junho de 2009.

Por: Carla Taíssa 

- Como começou o seu interesse pela área?

Sempre gostei muito da língua portuguesa. Confesso que minha primeira opção para vestibular foi Letras, mas conversando com meu pai, este me sugeriu o jornalismo pois viu em mim uma das principais características para profissão: curiosidade. Sempre fui muito curiosa. Adoro spoilers, quero saber o final de tudo, como as coisas acontecem e o desfecho. Assim, voltei meu olhar ao jornalismo.

- O que você mais gosta na sua profissão?

A vontade de estar sempre bem informada e poder repassar isso à população, seja por meio de texto, vídeo, áudio e outras mídias.

-E o que é mais desafiador?

Hoje, particularmente, é derrubar as fake news. O jornalismo enfrenta um problema sério, no qual as pessoas acreditam mais em "desgraças plantadas" do que na verdadeira informação. A viralização disso é rápida e tentar inverter a falsa notícia é muito difícil. 

- Qual momento mais marcante na sua carreira? Por quê?

Eu tinha acabado de me formar e começado a trabalhar. Uma das minhas primeiras pautas foi cobrir um evento sobre Direito (como faz mais de 20 anos já não lembro o tema). Estava nervosa, pois não sabia muito bem o que fazer, com quem falar. Enfim, tinha a sala de imprensa e comecei a redigir a matéria. Parei por uns instantes para relaxar e fui tomar um café. De repente, um senhor toca meu ombro e pergunta: Está tudo bem? Parece nervosa. Quando me viro, me deparo com o meu ídolo Carlos Heitor Cony, o jornalista premiado várias vezes, colunista, membro da ABL, cronista. Na hora virei uma tiete. Quase chorei. Mas, respirei fundo e respondi que esta era uma das minhas primeiras matérias cobrindo evento. Que estava nervosa, que não sabia se iriam gostar, etc. Ele simplesmente me disse: você sabe o que está fazendo. Se veio aqui, é porque confiaram em você. (...). Não é que ele tinha razão. Agradeci e claro, pedi um beijo e ainda recebi um abraço. Até hoje penso nisso quando bate insegurança.

- Com a chegada da internet e das redes sociais o perfil do jornalista precisou se renovar. A maioria das redações tradicionais está se adaptando e muitos impressos acabaram. E ainda tem a questão das fake news. Como você vê a atuação do jornalista atualmente em meio a tantos desafios?

A essência do jornalismo não mudou: pautar-se na verdade dos fatos. Como mencionei, driblar as fake news é um desafio. E acho que a renovação dos meios é necessária. Temos mais possibilidades de nos comunicarmos com diferentes públicos. A produção jornalística, a notícia, chega muito mais fácil e rápido até o leitor. O que acontece é a pessoa ficar obsoleta e não aceitar esta renovação. Acredito que a tecnologia é uma aliada do jornalista.

-O que os profissionais precisam, na sua opinião, para se destacar neste meio?

Num meio tão concorrido, a palavra destaque posso significar sucesso. Acredito que destacar-se é conquistar um leitor/telespectador/ouvinte/internauta por dia. É você ser reconhecido como profissional pelas pessoas que trabalham com você. No meu caso, que estou há 11 anos no serviço público, acredito que conquistei credibilidade, pois sempre me coloquei numa posição de só divulgar o que é oficial. Buscando a verdade do fato e agindo, acima de tudo, com ética.

- Quais são os jornalistas que te inspiram?

Carlos Heitor Cony, Gilberto Dimenstein, Ricardo Boechat e pessoal do jornalismo paranaense com José Wille (que foi meu professor).

- Quais são seus planos futuros? Você tem algum projeto profissional que ainda pretende realizar?

Sim. Ainda pretendo realizar/implantar um canal de comunicação interna no meu local de trabalho, mas depende da gestão aceitar a ideia. Também estou finalmente indo atrás de um mestrado mas na área de educação. No momento estou redigindo um anteprojeto.

- Que mensagem você gostaria de deixar para quem tem interesse na área, ou ainda está estudando?

Em meio a tantas ofertas de diferentes profissões, a pessoa deve escolher o que atrai mais. Se a área de comunicação é atrativa, seja no jornalismo, publicidade, relações públicas, deve ir atrás e buscar ser um bom profissional. Não tem segredo. É como diriam nossos pais e avós: tem vocação...tem talento para área. Eu complemento: tem vontade, então vai à luta!

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