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OAB irá analisar os indícios de crimes apontados por Moro, diz Santa Cruz

OAB irá analisar os indícios de crimes apontados por Moro, diz Santa Cruz

Data de Publicação: 24 de abril de 2020 16:32:00

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O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, afirmou que a instituição irá analisar os indícios de crimes apontados pelo ex-ministro Sergio Moro durante pronunciamento na manhã desta sexta-feira (24). O ex-juiz da Lava Jato afirmou que deixava o cargo após o presidente Jair Bolsonaro declarar que pretende interferir no comando e na autonomia da Polícia Federal.

"A OAB irá analisar os indícios de crimes, apontados por Moro. Mas preciso registrar meu lamento e minha indignação com as crises que o presidente nos impõe, por motivos extremamente suspeitos, em meio a uma crise pandêmica que, de tão grave, deveria ao menos ser a única", afirmou o presidente da OAB.

Em nota, Santa Cruz afirmou que a Comissão de Estudos Constitucionais da OAB irá formular um "estudo detalhado" do pronunciamento e suas implicações jurídicas.

Saiba mais

Ao deixar o cargo na manhã desta sexta-feira, Sérgio Moro afirmou que “O presidente me disse que queria ter uma pessoa do contato pessoal dele, que ele pudesse colher informações, relatórios de inteligência, seja diretor, superintendente, e realmente não é o papel da Polícia Federal prestar esse tipo de informação. As investigações têm de ser preservadas”.

O ex-ministro comparou a ação sobre os receios de interferência na instituição durante o governo petista. “Imagina se na Lava Jato, um ministro ou então a presidente Dilma ou o ex-presidente (Lula) ficassem ligando para o superintendente em Curitiba para colher informações”, acrescentou.

De acordo com Moro, a partir do segundo semestre do ano passado, “passou a haver uma insistência do presidente com a troca do comando da Polícia Federal”.

“O presidente passou a insistir também na troca do diretor-geral. Eu disse ‘Não tenho nenhum problema em trocar o diretor-geral, mas eu preciso de uma causa’. Estaria claro que haveria interferência política na PF”, afirmou.

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