A primeira quarta-feira de maio e´ o "Dia Mundial da Saúde Mental Materna", com o objetivo de aumentar a consciencialização sobre questões de saúde mental durante “pré e pós-natal”.

No Brasil, uma em cada quatro mulheres, sofrera´ com depressão após o nascimento de seu bebe^. Isto gera grande impacto na vida de mães, bebês, pais e famílias inteiras. As consequências podem ser dificuldades no estabelecimento do vínculo ma~e-bebe^, no aleitamento materno, no desenvolvimento da criança, na adaptação da mulher ao novo contexto de vida, na relação consigo mesma, com a família, com o entorno social, com o trabalho, podendo gerar até´ risco a` vida da mãe e da criança.

Porém, ainda existe um forte estigma quando falamos de saúde mental: o medo da “loucura”, a visão do adoecimento psíquico enquanto algo definitivo e muito assustador, potencialmente perigoso. Por isso a importância de se abrir espaço para a discussão e reflexão. Principalmente no caso materno, quando a mulher precisa cuidar de si e também de seu filho.

Saúde mental no “pré e pós parto”

As mudanças de vida ao longo da gravidez tornam as mulheres mais vulneráveis à doença mental. Em muitos países, uma em cada cinco novas mães experimentam algum tipo de transtorno de humor e ansiedade.

Essas doenças passam frequentemente despercebidas e muitas vezes não são tratadas, trazendo consequências trágicas e de longo prazo, tanto para a mãe quanto para a criança. Os sintomas podem aparecer a qualquer momento durante a gravidez e nos primeiros 12 meses após o parto. A depressão pós-parto é muito comum, afetando uma em cada seis mulheres que deram à luz.

O período perinatal e´ uma fase desafiadora e considerada como período de crise do ponto de vista psicológico. Por envolver grandes desafios agregados em vários níveis, em simultâneo, e um peri´odo de crise, de desorganização e ajuste. Ma~es de todos os contextos culturais e socioeconômicos podem vir a sentir dificuldades no âmbito de sua sau´de mental e emocional.

Conheça os sinais da depressão pós-parto

- Tristeza persistente;

- Perda de energia;

-Alteração no apetite e no sono (redução ou aumento);

- Ansiedade;

- Indecisão;

- Sentimento de inutilidade;

 - Culpa ou desespero;

 -Sensação de sobrecarga;

- Choro fácil e persistente sem motivo aparente;

- Falta de ligação ao bebé;

- Dúvida sobre ser capaz de cuidar de si e do bebé.

A depressão pós-parto pode ser tratada com ajuda profissional. Sem tratamento pode durar meses ou mesmo anos, podendo alterar a saúde da mãe e o desenvolvimento do seu bebé.