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Autismo: conheça a história da Giovana

Autismo: conheça a história da Giovana

Data de Publicação: 4 de setembro de 2020 14:34:00 “Claro que nenhum autista é igual ao outro, isso é comprovado, só que ela parecia ser diferente de todos” Rosane Walter – mãe de Giovana

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Segundo a Associação Brasileira de Autismo, as principais características do autismo são os desvios na comunicação, a dificuldade de interação social e os padrões de comportamentos repetitivos. Esses sinais podem se manifestar antes mesmo dos três anos de idade, então é muito importante que os pais fiquem atentos ao comportamento de seus filhos para que, caso haja indícios, o diagnóstico seja feito por um especialista o mais rápido possível e o tratamento apresente melhores resultados. Para entendermos um pouco mais trouxemos para o Diário Entrevista desta edição a história da Giovana Walter Martins de 14 anos de idade, filha de Rosane Walter e aluna da professora Noeli Massaneiro da escola Alvino Schelbauer de Rio Negro onde Giovana estuda.

                                                          Giovana Walter Martins e Rosane Walter

Por Aline Cardoso

Giovana nasceu em 10 de dezembro de 2005, dona Rosane conta que logo no nascimento já foi diagnosticada com problema cardíaco e precisou passar por cirurgia, teve hipertensão pulmonar e com isso ficou internada por 3 meses no hospital. “Após isso voltamos para casa, mas aí começou uma nova investigação para ver o porque ela não desenvolvia”. Segundo a mãe, Giovana com 3 anos de idade foi diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA) “desde então nós estamos buscando fazer ela evoluir cada vez mais, ela é muito esperta e inteligente” comentou.

“Uma criança muito querida, tanto é que quando fazia acompanhamento com a psicóloga, eu fui questionada se realmente ela era autista, pelo seu comportamento. Claro que nenhum autista é igual ao outro, isso é comprovado, só que ela parecia ser diferente de todos. O autista não gosta muito do contato, não gosta de estar com muitas pessoas e a Giovana ela é ao contrário, ela quer estar abraçando o tempo todo, ela gosta de estar com as pessoas, ela gosta do carinho, por isso fui questionada” relatou Rosane.

Durante a entrevista Giovana respondeu algumas perguntas. Perguntamos o que a deixa mais feliz e logo respondeu que jogar bola com o irmão e passear a deixa muito alegre. Fascinada por praia, ela adora ver o mar. Segundo a mãe, ela ama assistir futebol, torcedora do Palmeiras, veste a camisa durante os jogos.

Em uma das perguntas, que foi sobre qual seria seu super-herói favorito, Giovana nos chamou atenção respondendo “Super Gica”. Questionei quem seria e ela respondendo logo em seguida que seria ela mesma.  Sua mãe ainda complementa que ela diz que seus super poderes são abraços e sorrisos. Ela adora ouvir música, seus cantores favoritos são Sam Smith e Brunos Mars e Giovana comenta que um dia perfeito para ela seria ir para praia com sua sobrinha e sua mãe. E ela ainda deixa um recado de que está com saudade de sua professora Noeli e que ama muito sua mãe.

Para a professora de Giovana, ela tem um ótimo desempenho nas atividades escolares “A família e a aluna não medem esforços para realizar as atividades, ela sempre demonstra estar preocupada e interpresada na realização das tarefas”, disse Noeli.

Professora Noeli Massaneiro

Segundo Noeli Giovana gosta de todas as disciplinas, “mas é apaixonada pela disciplina de inglês e adora realizar aulas práticas como experiencias” contou.

“Me sinto muito realizada em trabalhar com Educação Especial e com a Giovana, é muito gratificante. Todo aluno incluso é capaz de aprender, para isso compete ao professor buscar formas, realizar a flexibilização curricular para que este aprendizado aconteça. Como diz Paulo Freire ''Não há saber mais, nem saber menos, há saberes diferentes'' ressaltou a professora.

Dona Rosane destaca que Giovana tem uma evolução muito boa “claro que ela tem as dificuldades dela, mas se sobressai em muitas coisas e nós sempre buscamos estar auxiliando em tudo que podemos, buscando o possível e muitas vezes o impossível”.

O pedido da mãe é por mais empatia “não só pelo autismo, mas por todas as deficiências, o que a gente precisa no mundo hoje, é mais empatia”, finalizou.

 

 

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