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Conselho regulamenta nova área de atuação para Educação Física
Com um crescimento notável nos últimos anos em termos de mercado de trabalho e visibilidade profissional, a atuação do profissional de Educação Física no ambiente hospitalar ganha notoriedade na área da saúde por seus benefícios e importância no tratamento de diversas doenças. Antes vista como algo atípico, a presença deste profissional em hospitais e centros de saúde torna-se cada vez mais comum, principalmente a partir da Resolução nº 391 do Conselho Federal de Educação Física, de 26 de agosto de 2020, que regulamentou a atuação do Profissional de Educação Física em contextos hospitalares.
O documento reconhece que o Profissional de Educação Física possui formação para intervir em contextos hospitalares, em níveis de atenção primária, secundária e/ou terciária em saúde, dentro da estrutura hierarquizada preconizada pelo Ministério da Saúde e considerando o SUS. Assim, poderá atuar em toda e qualquer área hospitalar da atenção à saúde, às quais se reconhecem os benefícios da atividade física e do exercício físico.
O professor Daniel Petreça, Coordenador do Curso de Educação Física da UnC, Campus de Mafra, destaca que a atividade física é fundamental no tratamento de cardiopatas, portadores de câncer, entre outros. E a atuação nesse ambiente pode impulsionar as condições do paciente em aspectos fisiológicos e psicológicos para o bem-estar. “É mais uma oportunidade de atuação bem interessante, incluindo as áreas de "Atenção intra-hospitalar" e "Atenção extra-hospitalar oferecida pelo hospital. Isso reflete em uma série de conquistas no âmbito da saúde no Brasil e a importância de manter hábitos saudáveis e a atividade física”, pontua.
Para o professor e educador físico, Marcos Tadeu Grzelczak, a Resolução é um importante passo para o profissional. “Foi um avanço importante, principalmente neste momento em que as doenças crônico-degenerativas, a exemplo de diabetes, câncer e doenças coronarianas, vem crescendo em proporções alarmantes. O sedentarismo é normalmente um fator agravante e o exercício físico é um componente imprescindível no combate e tratamento dessas doenças”, afirma. Um exemplo importante, segundo Marcos Tadeu, é a iniciativa do Colégio Americano de Medicina Esportiva, o ACSM, que criou uma ação global de favorecimento ao exercício, justificando a necessidade das pessoas estarem ativas no combate às doenças. “No Brasil ainda temos uma prática de saúde num modelo biomédico, onde o médico orienta e o paciente faz. Espero que esta resolução proporcione ao profissional a interação com os demais profissionais, fazendo com que a opção por uma vida saudável e ativa, seja a primeira opção, e posteriormente, a terapia medicamentosa em caso de necessidade”.
O técnico da equipe de Handebol da UnC Concórdia e Coordenador do Curso de Educação Física, Campus Concórdia, Alexandre Trevisan Schneider, afirma que a regulamentação da atividade em ambiente hospitalar é mais uma conquista para a área e comprova a importância do profissional. “É reconhecido que cada vez mais o profissional de educação física está engajado num trabalho interdisciplinar. A atividade física é um fator condicionante para um modelo de vida mais ativo, com maior qualidade e o educador físico exerce papel fundamental neste contexto. A área é muito promissora, no sentido de cuidado com as pessoas, garantindo um futuro promissor”.
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