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Mulheres que inspiram: conheça a história da Loren que passa por tratamento contra o câncer de mama

Mulheres que inspiram: conheça a história da Loren que passa por tratamento contra o câncer de mama

“Por mais que a gente conheça tantos casos de cura, receber um diagnóstico desse é devastador.” – Loren Hayd da Fonseca Dalfovo

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Por Aline Cardoso

O jornal Diário de RioMafra irá trazer no decorrer do mês de outubro mulheres para contar suas histórias com o câncer de mama. Esta doença é a mais comum entre as mulheres e é preciso estar muito atenta o ano todo. Nesta edição quem conta sua história é a Loren Hayd da Fonseca Dalfovo de 38 anos de idade.

Sempre muito atenta a sua saúde, realizando todos os exames periódicos anualmente “e eu fazia o autoexame pelo menos uma vez por mês em casa” disse. E em maio deste ano (2020) quando fez o autoexame sentiu um nódulo no seio direito que de acordo com ela era mais ou menos do tamanho de uma bola de gude. “No mês anterior não tinha sentido e isso me deixou muito preocupada pois tenho histórico de câncer de minha avó materna e mãe” contou Loren. Na mesma semana ela foi até seu médico e iniciou os exames de ultrassom de mama e mamografia. “Após passar por esses exames e a biópsia, foi constatado que realmente o que eu tinha era um Câncer de mama, que meu tumor já estava com quase 4 cm e que eu deveria começar o tratamento imediatamente”, lembrou Loren.

Ao receber a  notícia do câncer a primeira coisa que veio à mente é de que iria morrer “por mais que a gente conheça tantos casos de cura, receber um diagnóstico desse é devastador. No primeiro momento fiquei desesperada com medo de morrer e deixar minhas 2 filhas sozinhas, medo do tratamento não fazer efeito, medo do que estaria por vir. Passei alguns dias chorando muito e tentando assimilar o que estava acontecendo.”

Para a família o choque também foi grande no início “acho que o mesmo medo da morte que eu tive, eles tiveram também. Mas serviu para nos fortalecer muito mais como família. Eles formaram uma base de apoio incrível em relação a mim, minha casa, meu esposo, minhas filhas e estão ao nosso lado o tempo todo” disse.

                                                               

De acordo com Loren, seu câncer do tipo Triplo Negativo, é o menos comum. “Não reage a receptores hormonais como a maioria dos CA, mas é um tipo que cresce e se espalha muito rápido, frequentemente relacionado com mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, fazendo teste genético descobri que tenho mutação no gene BRCA2.”

Ainda em tratamento, ela explica como está sendo sua luta contra o câncer “em 25 de junho fiz meu primeiro ciclo de quimioterapia Vermelha que é a mais forte e agora estou na reta final dos ciclos da quimioterapia Branca.”

Para ela ao passar pela quimioterapia vermelha foi o mais difícil “eu tive efeitos colaterais fortes, muito enjoo, vômitos, insônia, me sentia extremamente cansada e fraca a ponto de passar a primeira semana toda deitada” relatou.

Como Loren descobriu que tem mutação no gene BRCA2 o indicado foi a retirada das duas mamas, ovário e trompas. O seu ciclo de quimioterapias acaba dia 4 de novembro e no dia 16 de novembro será a cirurgia.

“Somente depois da biópsia realizada no que vão retirar da cirurgia é que saberei se terei que fazer mais quimioterapia e a quantidade de sessões de radioterapia que farei também” complementou Loren.

Sua caminhada contra o câncer ainda continua mas Loren diz se sentir muito bem  e muito mais confiante “depois que passei a entender mais sobre o meu câncer, meu tratamento, acreditar que Deus tem um propósito pra tudo na nossa vida e deixar tudo nas mãos Dele, meu coração ficou em paz e o pensamento que era de morte, virou pensamento da certeza de uma Cura, e o desespero virou confiança.”

A vida e a rotina mudaram completamente, desde seus hábitos alimentares e segundo Loren até a importância dos pequenos momentos vividos.

“Conheci pessoas maravilhosas, profissionais maravilhosos, redescobri uma união familiar e o amor sem limites deles por mim, e o carinho que recebo todos os dias de amigos me faz ser muito grata a tudo” comentou.

O importante é ficar atenta o ano todo e ela eixa sua dica “não se descuide, o diagnóstico inicial pode salvar a sua vida como salvou a minha. Vá ao seu médico e mantenha seus exames periódicos em dia, procure um mastologista pelo menos 1 vez por ano e faça um ultrassom de mana, se já passou dos 40 anos a mamografia também. Mas o mais importante, conheça seu corpo, faça o autoexame pelo menos 1 vez por mês e qualquer coisa diferente, procure seu médico. Não deixe para depois!”

De acordo com pesquisas quando descoberto em estágio inicial o Câncer de Mama tem 95% de cura, por isso fica o alerta: se toquem.

“Se você está passando pelo processo de um tratamento, ou descobriu seu câncer agora, fique firme e confie em Deus. A batalha é longa, difícil, mas tudo vai dar certo no final, você é mais forte do que imagina” finalizou Loren.

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