Português (Brasil)

Abril Azul: mês da conscientização do autismo

Abril Azul: mês da conscientização do autismo

Data de Publicação: 9 de abril de 2021 14:55:00

Compartilhe este conteúdo:

A Organização das Nações Unidas (ONU) escolheu o dia 2 de abril como Dia Mundial de Conscientização do Autismo para dar visibilidade ao tema, já que o transtorno ainda é bastante desconhecido pela população. Assim, criou-se também a campanha Abril Azul para que o mês inteiro seja marcado com diversas ações voltadas para o autismo.

Por que a cor azul? Porque o autismo atinge muito mais os meninos do que as meninas (proporção de 4:1), fato que a ciência ainda não consegue explicar.

O autismo é um transtorno de desenvolvimento que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), atinge 1 em cada 160 crianças no mundo. No Brasil, estima-se que existam cerca de 2 milhões de autistas. O diagnóstico ocorre geralmente entre os 2 anos e meio a 3 anos, e não existe cura para essa condição.

A ideia da conscientização desse mês é justamente dar um destaque maior ao transtorno do espectro autista (TEA), e mostrar as características e as dificuldades do transtorno, incentivando, dessa maneira, a inclusão do autista em sociedade, bem como a criação de políticas públicas voltadas para esse grupo.

Ainda não se sabe ao certo quais as causas para o distúrbio. Acredita-se que a maioria dos casos seja de origem genética: alguns genes seriam responsáveis por essa condição, mas os pesquisadores ainda buscam respostas mais claras sobre essa correlação. Porém, é fato que famílias com um filho autista têm mais chances de ter outro filho com o TEA

A ciência trabalha ainda com causas ambientais, como complicações no parto ou o uso de medicamentos pela mãe durante a gravidez.

Criou-se um mito que determinadas vacinas, como a de sarampo, caxumba e rubéola, seriam responsáveis pelo autismo. No entanto, não há nenhuma pesquisa que comprove isso, e as famílias devem continuar vacinando seus filhos para não criarem um problema de saúde pública.

O TEA não tem cura, mas, com sessões de fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia, entre outras terapias, é possível ajudar a criança a participar da rotina diária e também, aos poucos, se tornar independente. Em casos mais severos, de autistas que se batem ou ficam muito nervosos, por exemplo, a medicação prescrita pelo neurologista ou psiquiatra pode ajudar.

Em resumo, é essencial dar voz ao autismo, levando informação para a população e, desse modo, reduzir o preconceito. O Abril Azul também tem o papel de pressionar governos para que mais políticas públicas se voltem para esse grupo — como acesso às terapias e serviços de saúde, apoio às famílias, inclusão escolar e também ao mercado de trabalho.

Além disso, é preciso que os profissionais de saúde, como médicos e terapeutas, recebam um treinamento para que consigam identificar o TEA de forma precoce. Pesquisas científicas para trazer mais respostas sobre o autismo também devem ser incentivadas.

Como participar da campanha?

O Abril Azul já é celebrado em organizações e entidades voltadas para a causa autista. Mas é preciso mais engajamento, principalmente por instituições de saúde, como clínicas e hospitais. São espaços importantes, que devem dar destaque a temas de saúde como esse.

Como participar e, assim, se engajar nessa causa? É possível criar ações simples para colaboradores, pacientes e comunidade, como:

- Oferecimento de palestras com médicos, terapeutas e até pais de autistas que expliquem o que é o TEA;

- Elaboração de cartazes e panfletos informativos conscientizando sobre o autismo;

- Divulgação de vídeos nas redes sociais da instituição que tenham como tema o transtorno;

- Organização de caminhadas junto à comunidade para dar visibilidade ao distúrbio.

O Abril Azul deve ser divulgado para a sociedade, a fim de que o autismo ganhe cada vez mais visibilidade. Assim, as entidades do setor público e privado devem se mobilizar e participar dessa campanha para que as pessoas com TEA tenham voz, sejam respeitadas e consigam fazer parte da sociedade, bem como ter os seus direitos garantidos.

Fonte: blog.medicalway.com.br

Compartilhe este conteúdo: