Português (Brasil)

Dia das Mães: o desafio de ser mãe solo

Dia das Mães: o desafio de ser mãe solo

Data de Publicação: 7 de maio de 2021 14:46:00 Heloisa Fonseca conta sua história e os desafios de ser mãe solo de seu filho Rodrigo de 7 anos de idade

Compartilhe este conteúdo:

Por Aline Cardoso

Nesse Dia das Mães iremos contar a história da influenciadora digital Heloisa Fonseca. Seu filho Rodrigo Becker, nasceu quando Heloisa tinha 24 anos de idade. Ela conta que passou por vários desafios ao longo da sua história. Acompanhe a entrevista:

- Conte um pouco de você, antes de ser mãe?

Na verdade, eu nem lembro muito, porque parece que eu sempre fui mãe. Mas eu era muito ativa, saia muito. Era muito festeira e depois que ele nasceu, tudo isso mudou. A maternidade acaba mudando muito a vida da gente.

- Quem é a Heloísa após ser mãe? Conte um pouco da sua história.

Eu tive um bebê em 2010 e ele veio a falecer. Então, quando eu tive Rodrigo, que é meu filho que tem oito anos, foi a maior realização, porque eu achei que eu não poderia ser mãe. Foi uma gestação de risco, bem difícil, porque eu passei vários meses em repouso praticamente absoluto. Quando ele nasceu, eu nem acreditei que era meu e hoje, tudo que eu faço o incluo, todas os lugares que eu vou, se meu filho não é bem-vindo, eu também não sou.

- Quais foram as suas maiores dificuldades em ser mãe solo? Teve alguma situação que você lembre, e pensou que não daria conta sozinha, mas ao final deu?

Quando ele tinha dois anos de idade eu me divorciei. Então, eu me vi sozinha, tendo que fazer tudo sozinha, embora ele tivesse o pai. E há dois anos o pai dele veio a falecer. Então, foi mais difícil ainda, porque eu me vi completamente perdida. Porque querendo ou não, às vezes, a gente tem que tomar algumas decisões que se tem alguém para dizer, ah, não vai, faz isso, ou até para gente contrariar, você fica mais certo do que vai fazer. E quando acontece essas coisas que eu não sei muito o que fazer, eu fico meio desesperada, porque eu penso assim, meu Deus, eu sou sozinha, mas eu tenho que dar conta, porque ele é meu filho, né?

Mas nunca teve nada, graças a Deus, que pensei que não daria conta.  Ele nunca teve nenhum problema de saúde, e a minha família sempre me ajuda muito. Ele tem uma cuidadora que ele, inclusive, chama de mãe. Às vezes chama ela por mãe e eu por pelo meu nome e por aí vai. Ele sempre foi muito acolhido por todo mundo. Então, dificuldade com ele, eu nunca tive.

- Você teve ajuda na sua maternidade ou foi aprendendo com o dia a dia e com as situações que ocorriam?

Todo mundo tem uma receita infalível para criar filho, mas é mais instinto. Ser mãe é instinto, você consegue perceber o que é certo, o que é errado e, na verdade, tudo que a gente faz hoje, só vamos ter noção disso quando eles crescerem, se fixemos ou não um bom trabalho. Então, eu, às vezes, escuto algumas coisas, ouço outras e não faço e por aí vai, eu vou agindo mais pelo instinto mesmo.

- Infelizmente vemos muito as mães que são solos serem criticadas pela sociedade, por diversos motivos. Você já passou por isso? Como lidou?

Eu achei que isso não existia. E logo, que eu me separei, que fui conhecendo outras pessoas e não tinha um namorado, uma moça comentou comigo ‘ah, mas é porque você tem filho’ e eu pensei mas isso não existe? Não tem esse tipo de preconceito. Depois eu vi que realmente existia, porque a primeira pergunta que fazem para uma mulher que é, solteira, se ela tem filhos? Então, se tem filho, já não serve para um relacionamento. Nesse sentido, eu vi bastante coisa. Outra coisa também, é que alguns amigos acabam se afastando da gente que tem criança. Tudo muda. As amizades, tudo.

- Ser mãe solo é ao mesmo tempo dar a bronca e ser carinhosa. Como conciliar isso?

Eu cuido bastante, às vezes eu acho que eu brigo demais. Mas é que criança precisa dar orientação, tem que estar sempre falando, vai tomar banho, agora é hora de comer, come mais rápido se não a gente vai se atrasar. Então, isso são coisas que eu falo, assim, umas duzentas vezes por dia. Quando a gente tem um, pai, junto da criança, a gente acaba dividindo essas funções. E quando a gente é mãe solo temos que fazer tudo isso sozinho.

- Com isso, como é relação de vocês. Conseguem lidar bem com situações assim?

Ele me chama de chata, eu viro as costas, ele fica emburrado, mas temos um momento que a lemos uma história a noite, vemos filme. Sempre tem aquele momento em que a gente fica bem junto, tipo, um abraçadinho no outros mesmo para fazer alguma coisa nós dois.

- Helô, quem é o Rodrigo para você?

O Rodrigo é a minha maior motivação. É por ele que eu acordo todos os dias, faço tudo que faço, estudo, tento sempre melhorar, tudo que eu faço. Ele depende de mim para ter um futuro, então, ele é a minha maior motivação.

- Gostaria de deixar alguma mensagem aos nossos leitores e principalmente a mães?

Quero falar para as mães que não importa o quão difícil esteja, vai dar certo e a gente não pode esquecer que estamos educando adultos. Então, temos que cuidar muito com a educação das crianças e o melhor ensinamento que a gente dar é o exemplo. Então, se você quer, ter uma criança que vai crescer, um adulto responsável o primeiro exemplo que começa é em casa.

Veja a entrevista em vídeo: 

 

Compartilhe este conteúdo: