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Você sabe quais comorbidades são consideradas nos grupos prioritários da vacinação contra a COVID?
Data de Publicação: 18 de junho de 2021 09:51:00
Pessoas com comorbidades integram os grupos prioritários na campanha de vacinação contra a Covid-19. O nome é dado a um conjunto de causas que agravam uma doença e, dessa forma, podem piorar um quadro clínico de Covid-19.
Fique atento aos detalhes das comorbidades elegíveis para a vacina:
Diabetes mellitus: qualquer pessoa que apresente diabetes;
Pneumopatias crônicas graves: incluem doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave, tendo uso recorrente de corticoides sistêmicos e/ou internação prévia por crise asmática;
Doença cerebrovascular: acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico transitório, demência vascular;
Doença renal crônica; doença renal crônica em estágio 3 ou mais, com taxa de filtração glomerular menor que 60ml/min/1,73 m2 e síndrome nefrótica;
Imunossuprimidos: indivíduos transplantados de órgão sólido ou de medula óssea, pessoas vivendo com HIV, doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente maior que 10mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida. Demais indivíduos em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias, pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses, neoplasias hematológicas;
Hemoglobinopatias graves: doença falciforme e talassemia maior;
Obesidade mórbida: índice de massa corpórea (IMC) maior ou igual a 40;
Síndrome de Down: trissomia do cromossomo 21;
Cirrose hepática: cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C.
Casos de hipertensão: Para quem tem hipertensão, a comorbidade está em três categorias distintas: Hipertensão Arterial Resistente (HAR), Hipertensão arterial estágio 3 e Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade.
Doenças cardiovasculares
Insuficiência cardíaca (IC): insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada, em estágios B, C ou D, independentemente de classe funcional da New York Heart Association;
Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar: cor-pulmonale crônico, hipertensão pulmonar primária ou secundária;
Cardiopatia hipertensiva: cardiopatia hipertensiva (hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica, lesões em outros órgãos-alvo);
Síndromes coronarianas: síndromes coronarianas crônicas, como Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica, pós Infarto Agudo do Miocárdio, entre outras;
Valvopatias: lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico, como estenose ou insuficiência aórtica, estenose ou insuficiência mitral, estenose ou insuficiência pulmonar, estenose ou insuficiência tricúspide, entre outras;
Miocardiopatias e pericardiopatias: miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos, pericardite crônica, cardiopatia reumática;
Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas: aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos;
Arritmias cardíacas: arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada, como fibrilação e flutter atriais, entre outras;
Cardiopatias congênitas no adulto: cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas, insuficiência cardíaca, arritmias, comprometimento miocárdico;
Próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados: portadores de próteses valvares biológicas ou mecânicas, e dispositivos cardíacos implantados, como marca-passos, cardio desfibriladores, ressincronizadores, assistência circulatória de média e longa permanência.
Doenças neurológicas crônicas
Neste caso, são consideradas elegíveis para a vacina doenças cerebrovasculares, como acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico transitório, demência vascular; doenças neurológicas crônicas que impactem na função respiratória; paralisa cerebral; esclerose múltipla e condições similares; doenças hereditárias e degenerativas do sistema nervoso ou muscular; e deficiência neurológica grave.
Comprovação
Para receber a vacina contra a Covid-19, todas as pessoas com comorbidades devem apresentar um comprovante de condição de risco, que pode ser um exame, receita, relatório médico ou prescrição médica, contendo o CRM do médico e com data de emissão máxima de 2 anos. Tendo o documento de comprovação em mãos, a pessoa com comorbidade que estiver elegível aos grupos prioritários da campanha pode comparecer a um posto de vacinação da sua cidade.
Autora
Gabriela Ferreira é farmacêutica, doutora em Ciências da Saúde, pós-doutora em Engenharia e Ciência dos Materiais e pós-doutora em Farmacologia. Atualmente é pesquisador convidado do Instituto Ânima, professora presencial e online da Sociedade Educacional de Santa Catarina (UniSociesc) e Grupo Ânima, respectivamente. Coordenadora do curso de Biomedicina da UniSociesc de São Bento do Sul/SC. Tem experiência na área de Bioquímica, Farmacologia e Biomateriais.